Economia
Rubio avisa: sanções poderão sair em breve após condenação de Bolsonaro

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou que novas sanções podem ser anunciadas na próxima semana, devido à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista ao canal Fox News dos EUA, ele chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “juízes ativistas” e mencionou, sem citar diretamente, um magistrado que tentou impor reivindicações além das fronteiras contra cidadãos americanos.
— “Existem esses juízes ativistas, um especificamente que não só perseguiu Bolsonaro, mas também tentou impor demandas extraterritoriais contra americanos, ou contra quem posta online dentro dos EUA, chegando a ameaçar ações ainda mais duras” — afirmou Rubio. Ele também destacou que os EUA pretendem anunciar respostas em breve.
Na entrevista, Rubio afirmou que o julgamento no STF é parte de uma crescente campanha de repressão judicial que visa empresas americanas e pessoas que atuam nos EUA.
Após a condenação de Bolsonaro, Rubio publicou no X que os EUA reagirão de forma adequada a esta perseguição.
Autoridades brasileiras esperam que possam haver sanções individuais direcionadas a membros do governo, semelhantes às já impostas em julho, como as restrições financeiras aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes do STF, exceto alguns indicados por Bolsonaro.
Analistas do governo comentam que o presidente dos EUA pode ajustar suas ações em relação à extrema direita, assim como fez com a Índia, que sofreu críticas por comprar petróleo da Rússia.
O Brasil importa fertilizantes russos, e uma eventual punição poderia afetar o agronegócio, base importante da oposição a Bolsonaro.
O ex-presidente americano Donald Trump fez um comentário suave sobre a condenação, chamando o resultado de “terrível”, mas expressando admiração por Bolsonaro.
Na avaliação de um integrante do governo atual, a imagem do Brasil ficou positiva internacionalmente após o julgamento, demonstrando que o país não cedeu à “chantagem tarifária” da Casa Branca, conforme mencionado pelo presidente Lula em encontro recente com líderes dos Brics.
Por fim, permanecem questões abertas como a investigação dos EUA sobre práticas comerciais desleais envolvendo o Brasil, incluindo tecnologias concorrentes no setor financeiro.

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