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Rubio discute com Netanyahu o impacto do ataque em Gaza e no Catar

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O secretário de Estado americano, Marco Rubio, se reuniu nesta segunda-feira (15) com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para tratar das consequências do ataque israelense ao Hamas no Catar, uma ação criticada pelos Estados Unidos, e seus efeitos nas negociações para uma possível trégua em Gaza.

A visita foi agendada uma semana antes da cúpula convocada pela França na ONU, que pretende reconhecer um Estado palestino, proposta que o governo de Netanyahu rejeita veementemente.

Apesar do sinal de apoio, a administração do presidente Donald Trump demonstra insatisfação com o bombardeio realizado na última terça-feira contra líderes do Hamas no Catar, país que aloja a maior base aérea americana na região e é aliado dos EUA.

Rubio destacou que o presidente Trump não ficou satisfeito com a operação, mas agora é necessário seguir adiante e avaliar os próximos passos.

O secretário enfatizou que o Catar tem sido um parceiro importante e, diante da complexidade da situação, é fundamental agir com cautela para evitar impactos negativos no relacionamento entre as partes.

Marco Rubio afirmou que durante a visita abordaria com Netanyahu a ofensiva para tomar o controle de Gaza, a maior cidade do território devastado, e os planos do governo israelense de anexar parte da Cisjordânia, desviando a criação de um Estado palestino independente.

Segundo Rubio, o presidente Trump deseja o fim do conflito em Gaza, a libertação dos reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023 e a neutralização da ameaça representada pelo Hamas.

A visita inclui a discussão dos efeitos recentes do ataque em Doha, que matou membros do Hamas e um policial do Catar, país que atua como mediador junto com os Estados Unidos e o Egito no conflito.

Além das reuniões, Rubio e Netanyahu participaram juntos no domingo de uma visita ao Muro das Lamentações, local mais sagrado do judaísmo em Jerusalém, reforçando laços e expressando a crença na manutenção da cidade como capital de Israel.

Historicamente, líderes americanos evitam declarações tão explícitas a respeito da soberania israelense sobre Jerusalém, em especial a parte oriental da cidade, anexada após 1967 e reivindicada pelos palestinos como futura capital de seu Estado.

A administração Trump já havia mudado a embaixada americana para Jerusalém, sinalizando forte apoio a Israel, mesmo diante de ações controversas do aliado.

Netanyahu afirmou que a aliança com os Estados Unidos está mais sólida do que nunca após a visita com Rubio a escavações arqueológicas sob o Muro das Lamentações.

Na parte da tarde, Rubio deve participar da inauguração de um túnel que facilita o acesso a locais religiosos sagrados para peregrinos, gesto que tem provocado tensão entre palestinos e grupos de direitos humanos, que veem na visita um endosso das reivindicações israelenses sobre Jerusalém Oriental.

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