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Rubio garante apoio firme a Israel na guerra em Gaza

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, declarou nesta segunda-feira (15) durante sua visita a Jerusalém que os Estados Unidos continuarão a fornecer um apoio sólido a Israel no conflito em Gaza, enfatizando a necessidade de eliminar o movimento Hamas.
“O povo de Gaza merece dias melhores, mas isso só será possível quando o Hamas for eliminado”, afirmou Rubio, acompanhado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Podem contar com nosso compromisso e apoio para transformar isso em realidade”, acrescentou o diplomata americano.
Netanyahu ressaltou que a presença de Rubio em Israel é uma demonstração clara do suporte americano ao país e elogiou o presidente Donald Trump, a quem chamou de “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”.
Por outro lado, Rubio criticou aliados dos EUA, como o Reino Unido e a França, por supostamente encorajarem o Hamas ao reconhecer oficialmente um Estado palestino, classificando tais gestos principalmente como simbólicos.
“Estas ações não contribuem para a criação de um Estado palestino, mas apenas estimulam o Hamas”, afirmou.
Rubio afirmou que o presidente Trump deseja o fim do conflito, o que implicaria na libertação dos reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023 e na garantia de que o Hamas deixe de ser uma ameaça.
As negociações para terminar o conflito complicaram-se após um ataque israelense no Catar que matou líderes do Hamas durante uma discussão de cessar-fogo proposta pelos EUA, colocando em risco a normalização das relações entre Israel e países árabes.
Líderes de cerca de 60 países árabes e muçulmanos se reuniram em Doha para uma cúpula de emergência, condenando a agressão israelense e alertando sobre os riscos para acordos existentes e futuros.
Rubio planeja visitar o Catar nesta terça-feira.
Durante sua visita a Israel, Rubio caminhou com Netanyahu no Muro das Lamentações e declarou sua crença de que Jerusalém é a “capital eterna” de Israel.
Na mesma tarde, o secretário deve participar da inauguração de um túnel para peregrinos que passa sob o bairro palestino de Silwan em direção a locais sagrados.
Enquanto isso, em Gaza, ataques israelenses mataram 17 pessoas na segunda-feira, segundo autoridades locais. A pressão sobre os moradores para que se refugiem em áreas com condições precárias, como Al Mawasi, continua, onde faltam alimentos e água e há surtos de doenças.
O conflito começou com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que causou 1.219 mortes, a maioria civis. A resposta israelense resultou na morte de mais de 64.900 pessoas em Gaza, muitas delas civis, conforme dados do Ministério da Saúde e confirmados pela ONU.

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