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Rússia lança ataque com mais de 620 drones e mísseis contra Ucrânia e deixa 4 mortos

A Rússia realizou neste sábado (12) uma ofensiva intensa contra a Ucrânia, utilizando mais de 620 drones e mísseis, resultando na morte de pelo menos quatro pessoas e deixando vários feridos em áreas afastadas da linha de combate, conforme informações das autoridades locais.
Semanalmente, Moscou tem batido recordes no número de drones lançados contra a Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que foram disparados 26 mísseis de cruzeiro e 597 drones de ataque, sendo a maioria deles drones ‘Shahed’ fabricados no Irã.
A Força Aérea ucraniana declarou ter abatido mais da metade desses artefatos, incluindo 25 mísseis e 319 drones. Um míssil e aproximadamente vinte drones atingiram cinco localidades, segundo comunicado da Força Aérea, sem maiores detalhes.
Regiões do oeste ucraniano, normalmente menos visadas pelos ataques russos comparado ao leste e sul, foram afetadas neste sábado. Na cidade de Chernivtsi, houve ao menos dois mortos e vinte feridos, conforme divulgado pelo presidente ucraniano. Em Lviv, outras seis pessoas, incluindo um menino de 11 anos, ficaram feridas de acordo com a administração local.
As autoridades de Kharkiv, no nordeste, relataram seis feridos, enquanto a região de Dnipropetrovsk, no centro do país, confirmou duas mortes.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou ter realizado um ataque coordenado contra instalações do complexo militar-industrial ucraniano em Lviv, Kharkiv e Lutsk, além de um aeródromo militar, afirmando que todos os objetivos foram destruídos.
Volodimir Zelensky pediu aos seus parceiros apoio efetivo para conter a agressão russa, destacando a urgência de medidas rápidas e a implementação de sanções. Ele também solicitou punições para aqueles que colaboram com a produção de drones russos e lucram com a venda de petróleo, cujo comércio é vital para a economia russa.
Apesar da União Europeia ter proibido a importação de petróleo russo, continua adquirindo gás de Moscou. Zelensky também ressaltou a necessidade de reforçar a defesa aérea do país.
Os bombardeios ocorreram pouco depois que os Estados Unidos reiteraram seu apoio à Ucrânia. Na última quinta-feira, o presidente americano Donald Trump informou a Zelensky sobre datas específicas para envio de novas armas, mencionando que poderia fazer um anúncio importante sobre a Rússia na segunda-feira. Trump expressou decepção com o presidente russo, Vladimir Putin, com quem mantém contato desde seu retorno à Casa Branca.
Atualmente, Ucrânia e diversos políticos americanos, incluindo aliados de Trump, demandam novas sanções contra a Rússia, enquanto o presidente americano prefere manter canais diplomáticos abertos.
As negociações para o fim do conflito permanecem estagnadas, uma vez que o Kremlin rejeita cessar-fogo, exige a entrega de quatro regiões parcialmente ocupadas e que a Ucrânia abandone planos de integrar a Otan, condições inaceitáveis para Kiev.

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