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Russos confiantes após encontro Trump-Putin

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A reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca terminou sem anúncio de um acordo de paz para a Ucrânia, mas em Moscou causou um sentimento de esperança entre os russos ouvidos neste sábado (16) pela AFP.

Para Vitali Romanov, 46 anos, o encontro trouxe "esperança de que a situação melhore, tanto para a Rússia quanto para a população, incluindo aqueles na linha de frente".

Funcionário do Museu de História de Moscou, próximo ao Kremlin, Romanov expressou o desejo de que o conflito na Ucrânia tenha um fim breve, após combates contínuos desde a ofensiva russa iniciada em fevereiro de 2022.

De modo semelhante, Irina, enfermeira de 55 anos, acredita que o diálogo entre Trump e Putin seja positivo para a Rússia.

Trump, que antes ameaçava a Rússia com "graves consequências" caso não cessasse a guerra, indicou que não pensa mais em medidas imediatas após a cúpula com Putin. A Rússia, desde 2022, enfrenta sanções ocidentais severas.

A visita de Putin aos EUA é vista como uma conquista diplomática para o presidente russo, que até então estava isolado do Ocidente devido à ofensiva na Ucrânia.

Há preocupação na Ucrânia e Europa de que a cúpula tenha dado espaço para Putin influenciar seu colega norte-americano.

Sentimento de orgulho

Liudmila, aposentada de 73 anos, está "convencida" de que Putin e Trump podem chegar a um entendimento, pois Trump reconhece "o prestígio e a grandeza do país".

Liudmila confia na possibilidade de uma visita de Trump a Moscou, convite feito na sexta-feira pelo presidente russo.

O interesse pelo encontro foi tão grande que Vadim, especialista agrícola de 35 anos, ficou acordado até tarde para acompanhar as notícias da cúpula, na madrugada em Moscou. Ele espera que as relações entre os dois países melhorem e que o conflito termine.

Discussões delicadas

Elena, contadora de 36 anos, que passeava com a filha perto do Kremlin, acha pouco provável que as nações se tornem aliadas, mas acredita que "o confronto é custoso demais para continuar indefinidamente".

Trump e Putin encerraram a cúpula sem apresentar planos para cessar fogo ou para o fim da guerra, embora tenham descrito o encontro como amigável e produtivo.

Ao voltar do Alasca, Trump descartou um cessar-fogo imediato e pediu um "acordo de paz" direto. O presidente ucraniano Volodimir Zelensky, que não foi convidado, anunciou visita a Washington para discutir o assunto com Trump.

Para a analista Tatiana Stanovaya, o encontro foi nem fracasso nem sucesso, mas reforçou a percepção de Trump de que não é viável derrotar a Rússia.

Ela acredita que Trump concluiu que não apoiará a Ucrânia tão intensamente quanto a Europa, pois duvida que a Ucrânia possa vencer uma potência nuclear.

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