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Sabesp não descarta rodízio contra crise hidrica
A direção da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirmou nesta quarta-feira (14) que não descarta a implantação de rodízio caso os mananciais não se recuperem no período chuvoso. Como medida alternativa à restrição, a companhia diz que passou a antecipar a chamada “redução de pressão” na rede.
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O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, disse que a pressão passou a ser reduzida a partir da tarde. Antes, ocorria somente à noite, segundo a companhia. O diretor diz que a medida tem objetivo de evitar perdas com vazamentos.
O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, negou que a redução de pressão e a diminuição na retirada de água do Cantareira, entre outras manobras, sejam uma forma de rodízio.
“Pode chegar a ter um rodízio sim, mas esperamos que não”, disse Kelman. “Se o pior acontecer, nós manteremos a população informada”, afirmou ele, lembrando que o período de chuvas ainda não acabou.
Em entrevista ao SPTV, Kelman também admitiu que “é possível” que o Sistema Cantareira seque em março deste ano, caso o regime de chuvas continue abaixo da média.
Kelman diz ter determinado a redução do volume retirado da Cantareira de 16 mil litros por segundo para 13 mil litros – 60% menos do que era retirado antes da crise hídrica.
Segundo Paulo Massato, a redução do volume retirado da Cantareira leva a ampliar as medidas de redução de pressão, inclusive agora no período diurno.
Ele afirma ainda que toda a Região Metropolitana de São Paulo já passa por manobras desse tipo desde 1997, mas elas foram intensificadas com a crise e serão reforçadas. Áreas da zona Norte abastecidas pelo Cantareira tendem a ser as mais afetadas. Em especial áreas residenciais, que dependem menos de uma quantidade significativa de água do que o comércio, disse Massato.
Segundo o diretor da Sabesp, a companhia dará assistência a esses moradores, verificando a possibilidade de manobras de engenharia, como trocas de ramais, que minimizem o problema da diminuição no fornecimento de água. Massato afirma que moradores com caixa d’água não percebem as manobras.
A redução de pressão é tida pela Sabesp como a medida mais eficiente para poupar água. Segundo a companhia, a manobra foi responsável pela economia de 8 metros cúbicos por segundo em dezembro, mais do que os 4,8 economizados com o bônus.
Kelman afirmou que a ordem para o setor técnico da Sabesp é minimizar os prejuízos e evitar que um mesmo morador seja prejudicado por dias seguidos.
O presidente evitou usar a palavra “racionamento”. Ele afirma que não há um racionamento sistêmico na Grande São Paulo, e que o termo cabe para parte dos moradores que sofrem com cortes de água em casa, especialmente por causa das manobras de redução de pressão.
Ele comentou as declarações do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que reconheceu nesta quarta que existe racionamento no estado desde o ano passado. Segundo Kelman, a fala tem relação com a decisão judicial que impediu a adoção das multas para quem aumentar o consumo de água.
O presidente da Sabesp diz que a redução do volume de água retirado do Cantareira, decidido em conjunto pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) em março de 2014, reconheceu uma situação de escassez hídrica no estado. A redução determinada foi de 33 para 27,9 metros cúbicos por segundo e, segundo Kelman, seria, por si só, argumento para derrubar a liminar que impediu a adoção das multas.
“Nós já temos tantos problemas reais, que não precisamos inventar problemas que não existem”, disse em relação à decretação de um racionamento.
Fonte: G1