Saco com restos mortais é achado perto do local onde Nicolly foi encontrada

Funcionários da Secretaria de Serviço Urbano de Hortolândia, cidade do interior de São Paulo, encontraram um saco com restos mortais próximo a uma lagoa localizada no Jardim Amanda, na quinta-feira (24/7), exatamente no mesmo local onde o corpo da adolescente Nicolly Fernanda foi descoberto na sexta-feira anterior (18/7).

Os restos foram avistados por trabalhadores durante a limpeza e corte da grama em torno da lagoa, conforme informado pela Polícia Civil. A perícia foi chamada para realizar exames que confirmarão se os restos pertencem a Nicolly, que foi vítima de esquartejamento parcial e apresentava múltiplos ferimentos causados por arma branca.

O delegado responsável, José Regino, relatou que os dois menores apreendidos, suspeitos da autoria do crime, alegaram legítima defesa. Segundo o investigador, as versões conflitantes dos jovens, que eram casal e disseram que Nicolly teria tido um surto de ciúmes ao descobrir uma traição, não condizem entre si.

O casal foi detido na tarde de domingo (20/7), na cidade de Cornélio Procópio, no Paraná. Após cometerem o crime, fugiram e foram acolhidos pela avó de um deles, que supostamente ajudou na fuga dos suspeitos. Foram apreendidos dois aparelhos celulares durante a operação, os quais serão analisados para contribuir com a investigação. A ação conjunta envolveu a Delegacia de Hortolândia e a Polícia Civil do Paraná.

A polícia acredita que o motivo do crime tenha sido passional. O corpo da adolescente, encontrado na outra semana, estava envolto em lençóis e uma lona. Em coletiva, o pai de Nicolly confirmou o reconhecimento do corpo pela presença de um colar que ela sempre usava. O enterro aconteceu no domingo (20/7), no Cemitério Mococa, situado na Praça Princesa Isabel.

Na região dorsal da vítima, a polícia identificou as iniciais da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O delegado José Regino destacou em entrevista ao Metrópoles que essa ação configura uma manobra intencional para mascarar a verdadeira motivação do crime, que está sendo tratada pelas autoridades como um ato resultante de questões passionais.