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Sâmia pede cassação de Lucas Bove à Alesp
Durante um protesto em São Paulo neste domingo (14/12), a deputada federal Sâmia Bomfim (PSol) manifestou sua defesa às deputadas estaduais Mônica Seixas e Paula Nunes, ambas do PSol, que enfrentam um pedido de cassação após um confronto verbal com o deputado Lucas Bove (PL), que também corre risco de perder seu mandato.
Sâmia declarou na Avenida Paulista: “Lucas Bove, que tem comportamento agressivo contra mulheres, quer tentar cassar duas representantes da luta feminista. Elas continuarão na Alesp e quem precisa ser cassado é esse machista, Lucas Bove”.
Na última terça-feira (9/12), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) suspendeu a votação dos pedidos de cassação devido à falta de quórum.
O episódio que motivou as mudanças começou em setembro, com um bate-boca durante uma sessão no plenário da Alesp, onde o deputado Lucas Bove elevou a voz contra parlamentares do sexo feminino, proferindo frases agressivas e ofensivas.
No dia do incidente, Mônica Seixas questionou se a deputada Professora Bebel (PT) se sentia desconfortável com a postura de Bove. O deputado incomodou-se com o questionamento, interrompeu Mônica e iniciou um confronto verbal.
Bove fez acusações e levantou a voz, dizendo coisas como “Não se mete nas conversas dos outros, folgada”, ao passo que Mônica respondeu: “Ninguém tem medo de você. Está acostumado a ser violento com mulher”. Paula Nunes participou da discussão, desafiando o deputado: “Vai bater em mulher, Lucas?” e “Bate com alguém filmando”.
Após o ocorrido, Lucas Bove solicitou a cassação das deputadas Mônica e Paula por conduta inadequada, enquanto as deputadas também acionaram o Conselho de Ética contra ele.
Anteriormente, Bove enfrentou pedido de cassação decorrente de denúncia de agressão pela sua ex-esposa Cíntia Chagas, mas foi absolvido pelo Conselho.
Apoio a Glauber Braga e crítica ao Congresso
No mesmo evento, Sâmia Bomfim celebrou a permanência do mandato de seu marido, o deputado federal Glauber Braga (PSol), que enfrentou processo de quebra de decoro após expulsar um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara em abril de 2024. Embora o mandato tenha sido suspenso por seis meses, não houve cassação.
Sâmia destacou que o processo contra Braga representou uma perseguição política e reiterou a luta contra o golpismo, o orçamento secreto e outras questões políticas nacionais.
Ela também criticou o projeto de lei conhecido como PL da Dosimetria, que propõe diminuição das penas para condenados por tentativa de golpe de Estado, elogiou a prisão de Jair Bolsonaro e defendeu pautas como o fim da escala 6×1 e a reforma tributária.
Manifestação na Avenida Paulista
Manifestantes de esquerda ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, protestando contra o Congresso e expressando insatisfação com a aprovação do mencionado PL da Dosimetria e outras pautas sociais. O evento, organizado por grupos como Povo Sem Medo, Brasil Popular, MST e MTST, teve como alvo principal o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por ter colocado a votação do projeto na pauta.
A manifestação teve como lema a crítica ao Congresso como inimigo do povo e também incluiu reivindicações por melhores condições de trabalho e combate ao feminicídio.

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