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Sánchez e o difícil interrogatório no Senado por corrupção
 
																								
												
												
											O chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, chamou a comissão do Senado que o questionava de “circo” nesta quinta-feira (30), durante uma audiência tensa a respeito de um caso de corrupção envolvendo o Partido Socialista.
“Acho que isto é um circo”, disse Sánchez após ser advertido pelo presidente da comissão, um integrante da oposição de direita, que pediu por “respeito”.
Em uma sessão acirrada que pode se prolongar por várias horas, o líder socialista deve responder a questionamentos dos senadores sobre um escândalo de corrupção que ameaça seu governo.
Esse caso, que inclui antigos líderes do Partido Socialista e está relacionado com episódios envolvendo sua esposa e irmão, colocou o chefe do Executivo em uma situação complicada.
Sánchez assumiu o cargo em 2018 com o compromisso de renovar e purificar a política espanhola após o Partido Popular (conservador) ter sido condenado por seu próprio escândalo de corrupção.
A reunião da comissão do Senado — realizada em um salão onde o Partido Popular, da oposição, tem maioria — busca apurar o suposto recebimento de propinas em troca de contratos públicos para equipamentos médicos durante a pandemia de covid-19.
O escândalo envolve o ex-ministro dos Transportes, José Luis Ábalos, e o altíssimo funcionário socialista Santos Cerdán, ambos muito próximos a Sánchez e peças-chave para sua ascensão na liderança do partido.
Outro suspeito importante é o ex-assessor de Ábalos, Koldo García, caso que resultou na prisão de Cerdán e operação policial na sede do Partido Socialista em Madri.
“Até quando você vai fingir desconhecer tudo o que acontecia ao seu redor? Você indicou Ábalos, confiou em Koldo, nomeou Cerdán“, afirmou a senadora María del Mar Caballero (UPN, direita) durante o interrogatório.
Perante os presentes, o tranquilo Pedro Sánchez, que chegou a rir em resposta a perguntas que considerou perda de tempo, defendeu sua conduta e a de seu governo, evitando responder questões polêmicas.
“Este é um governo íntegro”, reafirmou aos senadores.
A convocação de Sánchez também reflete a tentativa do Partido Popular de destacar supostos atos ilícitos do Partido Socialista, acompanhada de frequentes pedidos para antecipar as eleições gerais, marcadas para 2027.
O líder do Governo pediu desculpas inúmeras vezes pelo escândalo, mas negou ter conhecimento das alegações de irregularidades ou que seu partido tenha se beneficiado de um esquema ilegal de financiamento.
 
																	
																															
 
								 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											 
											
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