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São Paulo tem terceira maior rajada de vento da história
A cidade de São Paulo registrou na quarta-feira (10/12) a terceira maior rajada de vento desde 1995, quando a Defesa Civil começou a coletar esses dados. A velocidade atingiu 98 km/h devido a um ciclone extratropical.
Na quinta-feira (11/12), o vento chegou a 72,4 km/h no Mirante de Santana, zona norte, e 64,8 km/h no Aeroporto de Congonhas, zona sul, causando atrasos em voos, incluindo os de Guarulhos.
Imagens mostraram árvores caídas sobre carros em diversos pontos da cidade.
A Enel informou que cerca de 2,2 milhões de imóveis ficaram sem energia simultaneamente na tarde de quarta, e até a noite de quinta, mais de 890 mil ainda estavam sem fornecimento.
A Defesa Civil recebeu mais de 514 chamados por quedas de árvores até a noite de quinta.
O vento forte foi causado por um ciclone extratropical no litoral do Rio Grande do Sul que influenciou São Paulo. A previsão era de aumento de temperatura e rajadas, sem chuvas significativas.
Ranking das rajadas de vento em São Paulo
- 107 km/h (11 de outubro de 2024): maior rajada já registrada pela Defesa Civil.
- 103 km/h (3 de novembro de 2023): causou danos e falta de luz em bairros da Grande São Paulo.
- 98 km/h (10 de dezembro de 2025): efeito de um ciclone extratropical intenso.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou dados diferentes, apontando a rajada máxima em Mirante de Santa de 82,8 km/h em 10/12, com o recorde histórico de 101,2 km/h em 25/11/2010.
Efeito das mudanças climáticas
Especialistas afirmam que as rajadas de vento mais frequentes e fortes refletem as mudanças climáticas. Andrea Ramos, meteorologista, explica que a temperatura média está aumentando gradualmente, com 2023 e 2024 sendo os anos mais quentes, e 2025 começando da mesma forma.
Ela ressalta que eventos extremos são mais frequentes e intensos na última década.
Outra especialista, Maria Clara Sassaki, porta-voz da Tempo OK, destaca que ondas de calor, secas e tempestades severas têm aumentado em magnitude e frequência, possivelmente por maior energia na atmosfera.
No entanto, ela aconselha análise de períodos longos, considerando também mudanças geográficas naturais ou causadas pelo homem, que podem influenciar a intensidade dos fenômenos meteorológicos.


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