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Secretaria de Saúde registrou onze surtos de caxumba no DF em 2016
De acordo com a pasta, 525 pessoas tiveram contato com a doença este ano. Em 2015, foram 130 casos da doença entre julho e dezembro
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Secretaria de Saúde já registrou onze casos de surto de caxumba no Distrito Federal em 2016. No total, 525 pessoas tiveram contato com a doença, afirma a pasta.
Em fevereiro e março, o Complexo Penitenciário da Papuda chegou a ter as visitas suspensas por conta dos surtos. Eles ocorreram no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Centro de Detenção Provisória (CDP) e no Centro de Internação e Reeducação (CIR), onde 142 detentos e funcionários apresentaram sinais da doença.
No Brasil, a notificação dos casos de caxumba não é obrigatória. Apenas em situação de aglomerados de casos no domicílio, nas escolas, creches e ambientes de trabalho é que a doença é notificada à vigilância epidemiológica local. Em 2015, os surtos começaram a ser contabilizados a partir do segundo semestre. Do início de julho até o final de dezembro foram notificados 130 casos da doença.
Transmissão
A caxumba (Paroditite infecciosa) é uma doença viral aguda de transmissão respiratória, causada pelo vírus Paramyxovirus. Sua transmissão se dá através de gotículas de salivas de pessoas infectadas. Como não existe tratamento específico para a doença, a melhor forma de combate continua sendo a vacinação ainda quando criança.
Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), aplicada aos 12 meses de vida, e a vacina tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela), aplicada aos 15 meses, protegem contra a doença. Para crianças e adolescentes de até 19 anos são ministradas duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos é necessária apenas uma dose da vacina tríplice viral.
“Se o adulto já tiver tomado, ao longo da sua vida, uma dose da vacina, já estará imunizado. Mas se ele nunca tomou a vacina ou não se lembra de tê-la tomado, deve procurar um centro de saúde para receber a dose”, informa a diretora da Vigilância Epidemiológica, Cristina Segatto.
Sintomas
A doença, na maioria das vezes, produz sintomas discretos ou que nem mesmo aparecem. As manifestações mais comuns, quando ocorrem, são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da caxumba é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.
A incubação da doença varia de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias o período de transmissão. Na situação de notificação de casos aglomerados, os pacientes devem ficar isolados e deve ser avaliada a caderneta de vacinação de todos que tiveram contato com eles.
Como complicações da caxumba podem ocorrer comprometimento do sistema nervoso central (meningoencefalite), inflamação dos testículos (orquite) ou dos ovários (ooforite). A caxumba também pode levar à surdez, embora os casos sejam muito raros. Durante a gravidez a doença pode levar à aborto espontâneo. Com informações da Secretaria de Saúde.
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