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Secretário de Comunicação acusado de assédio sexual em Guarujá
Uma funcionária da Prefeitura de Guarujá, no litoral de São Paulo, denunciou Paulo Henrique Siqueira, secretário municipal de Comunicação, por assédio sexual. A denúncia foi primeiramente feita à Ouvidoria-Geral do Município e, posteriormente, registrada na Polícia Civil local.
Isabeli, de 26 anos, relatou ter sofrido comentários inapropriados, tentativas de beijo e constrangimentos repetidos no ambiente de trabalho, no Paço Moacir dos Santos Filho. Ela começou trabalhando na Secretaria de Comunicação Social em março, inicialmente em funções administrativas e com interação direta com o gerente da secretaria.
Entre abril e junho, passou a trabalhar diretamente com o então subsecretário, que se tornou secretário após a exoneração do titular, aceitando atuar como secretária dele por insatisfação com o gerente antigo. Cerca de um mês após essa mudança, os episódios de assédio teriam começado, incluindo comentários sobre seu corpo e fotos no Instagram, pedidos de beijo no rosto com tentativa de beijo na boca, tudo dentro da sala do secretário.
Isabeli manifestou desconforto explicitamente, mas as atitudes continuaram, inclusive na presença de outras pessoas. Ela descreveu sentir medo e constrangimento, com a maioria das importunações sendo verbais e presenciais, sem registros escritos.
Um episódio grave ocorreu no dia 15, quando, ao avisar que estava saindo, foi chamada à sala do secretário que, após elogiar sua calça, pediu que ela desse uma volta para observá-la melhor, fazendo comentários de conotação sexual. Isso a fez sentir-se vulnerável e culpada por ter permitido a situação.
O caso foi oficialmente registrado na Delegacia de Guarujá, sendo classificado como assédio sexual consumado, conforme o artigo 216-A do Código Penal, que considera abuso de superior hierárquico para constranger a vítima. O boletim registra que o comportamento afetou emocionalmente a funcionária, causando medo e abalo emocional.
Ao ser procurado para comentário, Paulo Henrique Siqueira respondeu com uma mensagem afirmando que o repórter deveria ter melhor conhecimento de português e estava desatualizado, finalizando com um ‘boa sorte’. Até o momento, a Prefeitura não respondeu ao contato para esclarecimentos. O espaço permanece aberto para manifestações.


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