A PM arrombou a porta do imóvel e utilizou bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar os ocupantes

A PM arrombou a porta do imóvel e utilizou bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar os ocupantes

O secretário da Segurança disse que PM foi obrigada a entrar em prédio invadido no centro de São Paulo porque houve violência por parte dos ocupantes, mas garantiu que irá apurar se houve excesso na operação.

Cerca de cem pessoas ligadas à Frente de Luta por Moradia entraram num edifício particular vazio que fica ao lado da sede da Secretaria da Segurança, na Sé, no início da madrugada de quarta-feira (2).

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 8º Distrito Policial da capital, do Brás/Belém, um vigilante chegou a ser mantido refém pelos invasores.

Três pessoas foram detidas na mesma delegacia e depois liberadas.

Um policial militar também foi ferido por um objeto na cabeça, sendo levado ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia.

A PM arrombou a porta do imóvel e utilizou bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar os ocupantes.

Pedras, pedaços de madeira, restos das bombas, cartuchos das balas de borracha e barras de ferro ficaram espalhados pelo chão.

A fotógrafa Marlene Bérgamo, do jornal Folha de S. Paulo, foi atingida com um tiro de bala de borracha na barriga e outras pessoas ficaram feridas entre os invasores.

O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse à repórter Carolina Ercolin que promete apurar excessos.

“A gente vai apurar se houve eventual excesso ou não. Mas a invasão ocorrida, ao contrário de outros movimentos, teve violência por parte daqueles que estavam ocupando o edifício”, explicou.

A Frente de Luta por Moradia realizou oito ocupações simultâneas em prédios vazios na capital paulista no último domingo.

Os representantes do movimento afirmam que a ocupação serve para chamar atenção para os projetos de moradia popular que não saíram do papel.

*Informações do repórter Tiago Muniz- Jovem Pan