Seguranças retiram mercadorias de ambulantes fora da Rodoviária

Uelitana Maria de Lima, 55 anos, e seu marido, Denivaldo de Almeida Bento, 47, ambos ambulantes, registraram uma queixa de agressão contra seguranças particulares da empresa Catedral, que recentemente passou a administrar a Rodoviária do Plano Piloto. O incidente aconteceu na madrugada de quarta-feira (2/7).

O casal saiu de sua residência em Sobradinho 2 para mais um dia de trabalho, levando para venda blusas de frio, cachecóis e bolsas. Por volta das 5h30, apesar de estarem afastados do terminal rodoviário, foram perseguidos e agredidos por seguranças terceirizados do local.

Uelitana relatou que os seguranças não tinham direito de persegui-los nem de confiscar seus produtos, pois estavam fora da área da rodoviária e não havia presença policial.

Durante a perseguição, eles foram alcançados próximo ao Teatro Nacional. Tentaram fugir, mas foram cercados e dominados por cerca de cinco minutos. A mulher sofreu uma queda que resultou em uma lesão na perna, que inchou bastante após o ocorrido.

Denivaldo também foi derrubado, chutado e pisoteado, com relatos de pisadas na perna, chutes nas costas e no braço, e quase fraturou um dedo.

O casal fez boletim de ocorrência e realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. O caso está sob investigação da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal.

A empresa que administra o terminal comentou, em nota, que as ações de fiscalização são responsabilidade dos órgãos públicos competentes, destacando que não recebeu nenhuma reclamação oficial sobre o episódio, mas irá investigar internamente para esclarecer os fatos. Ressaltaram ainda que não concordam com práticas abusivas ou violentas e reafirmaram seu compromisso com o respeito, segurança e integridade de todos os usuários do terminal.