Seis candidatos disputam Presidência do Chile

Seis pessoas, incluindo uma representante comunista e um candidato da extrema direita, vão concorrer à Presidência do Chile nas eleições gerais marcadas para 16 de novembro, conforme o Serviço Eleitoral (Servel).

O prazo para inscrição das candidaturas termina nesta segunda-feira (18).

Até agora, os favoritos nas pesquisas para suceder Gabriel Boric (esquerda) são o advogado de extrema direita José Antonio Kast e a ex-ministra do Trabalho, a comunista Jeannette Jara, que é a única do grupo de centro-esquerda.

O terceiro lugar nas intenções de voto está sendo disputado por Evelyn Matthei (direita), ex-prefeita da Providencia, área próxima à Santiago, e pelo economista populista Franco Parisi.

Kast, de 59 anos, realizou um evento em Antofagasta (1.300 km ao norte de Santiago) para oficializar sua terceira candidatura à Presidência.

O candidato prometeu aplicar uma política rígida para “recuperar cada bairro e espaço público” afetados pela criminalidade, que é a maior preocupação dos chilenos e que eles atribuem ao crescimento da migração, que corresponde a 8,8% da população, segundo pesquisas.

Kast foi derrotado por Boric no segundo turno das eleições de 2021.

Ele afirmou: “Os chilenos estão cansados e angustiados. Vivemos uma decadência que dura mais de dez anos”, e escolheu uma região com alta presença de migrantes para fazer seu lançamento.

Por outro lado, sua principal concorrente é a advogada comunista de 51 anos, que concorre pela primeira vez. Durante sua gestão como ministra do Trabalho, realizou reformas importantes em parceria com a direita.

Jeannette Jara lidera uma coalizão que vai do Partido Comunista até a Democracia Cristã, após vencer as primárias de 29 de junho.

Disputa também o terceiro lugar nas pesquisas a ex-prefeita Evelyn Matthei, representante da direita tradicional, e o populista Franco Parisi.

Matthei esteve na liderança das pesquisas até alguns meses atrás, quando perdeu espaço para Kast.

Parisi surpreendeu nas últimas eleições ao ficar em terceiro lugar, fazendo campanha a partir dos Estados Unidos com um discurso contra as elites nas redes sociais.