Economia
Sem Brasil, lanchonetes enfrentam preços mais altos de carne nos EUA

A tarifa de 50% aplicada pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros está levando lanchonetes americanas a buscarem carne bovina de outros países. Wesley Batista Filho, CEO da JBS USA, que processa cerca de um quarto da carne bovina nos EUA, destacou que os importadores provavelmente recorrerão a nações com grandes rebanhos, como a Austrália.
No entanto, Austrália e outros exportadores não possuem capacidade suficiente para substituir o Brasil por completo.
O Brasil responde por 27% da carne bovina importada pelos EUA, a maior parte entre todos os países, e as importações de carne moída brasileira entre janeiro e maio dobraram em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Os preços da carne bovina nos EUA atingiram níveis recordes recentemente devido à escassez prolongada de gado no país. Em julho, os preços da carne moída no varejo subiram quase 12% em relação ao ano anterior.
As empresas de carne misturam cortes com mais gordura com cortes magros para criar a mistura ideal para hambúrgueres. O aumento dos preços e a oferta restrita dificultam a obtenção de carne moída magra por restaurantes.
Até que a oferta de outros países aumente, a carne magra necessária para hambúrgueres deverá vir do round primal – o corte mais magro do traseiro bovino-americano, geralmente usado para bifes. Utilizá-lo para carne moída pode limitar ainda mais a oferta e elevar preços.
Wesley Batista Filho afirma que "a carne magra precisará vir de alguma fonte. A situação terá que mudar."

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