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Sem listar contrapartidas, empresas chinesas acenam com investimentos pesados no DF

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Segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, a conversa ainda está na fase de estudos, mas é certo que os chineses só irão aplicar capital no DF se receberam incentivos, não apenas do Buriti, mas também do Planalto.

Sem detalhar quais serão as eventuais contrapartidas, empresas chinesas acenam com investimentos pesados no Distrito Federal, a partir da marca de US$ 400 milhões. Considerando o histórico chinês, é possível que estas contrapartidas sejam tão expressivas quanto este  montante.

Na tarde de ontem, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, se reuniu com o governador Rodrigo Rollemberg  e cúpula do governo, no Palácio do Buriti, para iniciar as tratativas de potenciais projetos.

Só com incentivos

Segundo Tang, a conversa ainda está na fase de estudos, mas é certo que os chineses só irão aplicar capital no DF se receberam incentivos, não apenas do Buriti, mas também do Planalto. “Eu acho que vai ter contrapartidas, não só do Governo do Distrital Federal, como também do País”, antecipou. Tang  argumentou que os eventuais investimentos irão trazer para o DF: capital, empregos e alta tecnologia.

Para o chineses, o DF possui  atrativos especiais. Para começar, Tang considera que a capital é a vitrine do Brasil. O DF também é a casa dos Três Poderes e estar presente na região facilita negociações dos empresários.

O GDF planeja tirar o projeto do Parque Tecnológico Digital do papel, projeto no qual pode ser facilmente, inserida uma política de benefícios. “Estou trazendo uma empresa de alta tecnologia de TI chinesa,  do tamanho da Hewlett-Packard e faz mais ou menos a  menos coisa. Ela quer montar uma fábrica no Brasil para equipamentos de alta tecnologia, sem similar nacional. E quem sabe, talvez o GDF possa convencê-la de que Brasília possa ser  vitrine para o ingresso dela no Brasil”, revelou Tang. Por questão de confidencialidade, o nome da empresa não pode ser revelado.

“A Nari, subsidiária da State Grid,  já investiu US$ 4,8 bilhões no Brasil e vai investir mais US$ 7 bilhões, para fazer a transmissão de Belo Monte ao Sudeste. A Nari está montando uma fábrica em Sorocaba. E acredito que ela possa se interessar em Brasília também”, completou. Pelas estimativas de Tang, o investimento inicial destas duas empresas no DF seria superior a US$ 400 milhões.

Nos próximos meses, o Buriti deverá se reunir mais uma vez com os chineses e existe a chance de que empresários participem da conversa.

Governador à busca de mais investimentos

As primeiras conversas foram positivas, na avaliação de Rollemberg. “Estamos buscando investimentos que possam colaborar para o desenvolvimento de Brasilia e de sua área metropolitana. A China tem grande interesse em investir no Brasil, e precisamos aproveitar essa oportunidade”, declarou o governador.

Durante as tratativas, Charles Tang acenou com a possibilidade de uma viagem diplomática de Rollemberg para a China. Segundo o representante chinês, o governador poderia fazer uma apresentação sobre as oportunidades que Brasília oferece para investidores, visitar várias empresas que teriam interesse em talvez investir no DF e levar uma comitiva de empresários brasilienses.

“Hoje o único país do mundo que tem disponibilidade e disposição de investir no Brasil, assumindo o risco Brasil do momento é a China”, argumentou. De acordo com Tang, as atuais negociações não têm relação nenhuma com a polêmica contratação da Jurong, feita durante o governo Agnelo Queiroz.

Jornal de brasília

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