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Sem políticas públicas para a drenagem pluvial, inundações são recorrentes
Enquanto o poder público não investir em grandes obras no sistema de drenagem pluvial, inundações e enxurradas se repetirão na capital do país. Atualmente, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) aplica uma média de R$ 15 milhões por ano no paliativo, como limpeza, desobstrução, reparos, reposições de tampões de concreto e grelhas de bocas de lobo, quando o necessário seria elaborar uma estratégia para evitar estragos e tragédias.
Diante desse cenário, o engenheiro ambiental e geotécnico Pedro Batista, autor de uma dissertação de mestrado sobre o tema, acredita que, a curto prazo, o que pode ser feito é a criação de um sistema de alerta à população com a colaboração da Defesa Civil e dos órgãos de monitoramento meteorológico. “Percebo que os problemas de alagamento no DF têm sido recorrentes. E, se não temos capacidade de amenizar isso rapidamente, com a reforma e a revisão do sistema pluvial, a primeira decisão a tomar é informar as pessoas para que elas possam se prevenir”, frisou.
O estudo apresentado pelo especialista leva como base 14 anos de ocorrências. Em alguns pontos da Asa Norte, uma das regiões mais problemáticas de Brasília, os estragos são recorrentes — a cada três temporais, um alagará a área, segundo prevê Pedro. Essa é a situação da 202 Norte e arredores, que aparecem em 18 registros feitos pelo estudioso, sendo cinco deles somente nas tesourinhas que levam à quadra. As das entrequadras 211/212 Norte e 111/112 Norte, por exemplo, apresentam falhas de escoamento. Nessa última, dois veículos ficaram submersos, e a água subiu até o teto da estrutura na terça-feira.
Riscos
De acordo com a Defesa Civil, os problemas provocados pelas fortes precipitações dos últimos dias são consequência da alta concentração de chuva na área central da cidade. “Normalmente, isso não acontece. Ela (chuva) é mais espalhada e ocorre em pequenos volumes. O sistema de escoamento não aguentou”, justificou o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra.
Fonte: Correio web
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