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Sem previsão de nova derrubada, PM monitora área desocupada no DF
Alvo de uma operação de derrubada de construções irregulares na última semana, o Setor Sol Nascente, em Ceilândia, no Distrito Federal, amanheceu nesta segunda-feira (9) sob monitoramento da Polícia Militar. Uma viatura acompanhava a movimentação, e a equipe relatou ter ouvido rojões na parte em que ainda não houve desocupação. Segundo PMs, carros que passam pelo local são apedrejadas e até sequestrados.
Os policiais também afirmaram que ainda não tinham orientação a respeito de abordar ou não os suspeitos de soltar os rojões. Na semana passada, invasores reagiram à ação e chegaram a montar barricadas, queimar ônibus e a agredir jornalistas durante a ação.
Por telefone, a Agefis informou que vai retomar nesta segunda as obras para construção de equipamentos públicos no local. Com 60 mil moradores, o Sol Nascente está localizado a 35 quilômetros do centro de Brasília e é a maior ocupação irregular do DF. A região tem altos índices de violência e sofre com falta de infraestrutura, ruas sem asfalto e falta de escolas.
A entidade também disse que ainda não tem um calendário das próximas operações de derrubada no condomínio. A Polícia Civil esteve no local por volta de 8h para fazer a perícia de um carro furtado que foi encontrado no local, mas afirmou que o veículo não tem relação com os invasores da área.
Desocupação
A área alvo da operação é, segundo a Agefis, destinada à construção de equipamentos públicos para o próprio Sol Nascente. O subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização, Fernando Chagas, afirmou que, além do Trecho 1, outros dois trechos do Sol Nascente também estão com obras previstas.
“Os três trechos estão licitados, e o Trecho 1 está contratado. Em julho foi tentado o início das obras, mas nos deparamos com algumas interferências e foi parado”, disse. “Essa ação irá beneficiar mais de cem mil moradores. São obras de drenagem, bacia de abastecimento de pico, pavimentação de meios-fios, água, esgoto e iluminação pública.”
O valor contratado para as obras do Trecho 1 é de R$ 41 milhões, sendo 5% de responsabilidade do GDF e 95% da Caixa Econômica Federal. O orçamento total previsto para as obras nos três trechos é de R$ 216 milhões.
Dados da Agefis apontam que, das 363 famílias que serão retiradas da área, 102 estão registradas no programa Morar Bem e 12 delas têm algum familiar com deficiência.”Para as poucas famílias que não estão cadastradas estamos oferendo albergues para elas ficarem”, informou o órgão.
Fonte: G1
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