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Sem-teto quebram porta de vidro em ocupação no Ministério da Fazenda
Manifestantes protestam contra possível privatização de elétrica de Goiás. PMs acompanham grupo; às 9h, cerca de 250 pessoas participavam de ato.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam o salão de entrada do Ministério da Fazenda na manhã desta quarta-feira (27) em protesto contra a proposta de privatização da Companhia Energética de Goiás (Celg).
Um dos integrantes do movimento, que não quis se identificar, afirmou que cerca de 1,5 mil manifestantes vão ocupar a entrada do prédio, sem previsão de saída. Eles chegaram ao local por volta de 7h.
“O governo prometeu que não ia privatizar e estamos aqui para cobrar isso. Estamos aqui para não deixar que nenhuma empresa do setor elétrico seja privatizada. Estamos nos mobilizando nacionalmente contra esses projetos. Vamos continuar a luta em prol das empresas públicas. Não queremos que caiam nas mãos de capitalistas”, disse um funcionário da Celg que participava da manifestação.
Perdas da Eletrobras
A venda das distribuidoras vem sendo cogitada pela estatal desde 2013 como medida para reduzir custos. A Eletrobras vem passando por um processo de diminuição de gastos e melhoria da eficiência para se adaptar à nova realidade do setor elétrico brasileiro, após ter renovado concessões de geração e transmissão de energia de forma antecipada e onerosa, o que levou à redução da receita anual do grupo em R$ 8,7 bilhões.
A Eletrobras registrou prejuízo líquido de R$ 4,01 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 45% na comparação com as perdas do mesmo período no ano passado.
A estatal Eletrobras estima que suas distribuidoras de energia elétrica que atendem Piauí, Alagoas, Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas precisarão de uma capitalização de R$ 3,3 bilhões em 2016 para atender metas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e não perder a concessão, segundo a agência Reuters.
O número aparece em documento no qual a estatal diz que o aporte deve ser feito pelo governo federal “diretamente nas distribuidoras a partir de 2016, mediante cessão do direito de preferência para subscrição de capital pela Eletrobras em favor da União, a fim de evitar aumento de capital na Eletrobras, com risco de diluição dos acionistas minoritários da Eletrobras que não desejarem acompanhar o referido aumento”.
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