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Semana começa tensa com negociação entre Polícia Civil e GDF

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Para piorar, a PMDF também pretende se mobilizar para cobrar equiparação

A paralisação nas delegacias foi suspensa, mas ainda há serviços que não estão sendo feitos pelos agentes

A paralisação nas delegacias foi suspensa, mas ainda há serviços que não estão sendo feitos pelos agentes

Esta semana será decisiva para a área de segurança pública do Distrito Federal. Se por um lado os servidores da Polícia Civil tentam manter a equiparação salarial com os agentes da Polícia Federal, por outro, o governo alega não ter condições de conceder tais ajustes. Para discutir o impasse, representantes do Executivo e da categoria se reúnem no Palácio do Buriti, a partir das 11h desta segunda, para uma nova rodada de negociações. Os policiais civis prometem pressionar ainda mais, caso não seja feita uma proposta aceitável. Além disso, os policiais militares pretendem se mobilizar para ter os salários igualados aos dos investigadores. Uma assembleia com os PMs já está marcada para próxima quarta-feira.
O motivo de todo esse impasse é o último reajuste, de 37%, concedido aos policiais federais. Os servidores da PCDF buscam o mesmo índice para as suas gratificações. A equiparação desejada não é garantida por lei, mas ocorre há 30 anos graças a negociações com governos anteriores. Diante da recusa do GDF, a categoria iniciou uma série de movimentos para pressionar o Buriti. Mesmo durante os Jogos Olímpicos, os atos envolveram a paralisação por 48 horas das atividades nas delegacias e até uma manifestação de mil policiais na porta do Mané Garrincha.
Exigências 
A categoria pede a saída da atual secretária de Segurança do DF, Márcia Alencar, mas, na última quinta-feira, resolveu dar uma pequena trégua para que o governo apresente uma nova proposta. Porém, mesmo com a pausa, os policiais suspenderam o serviço de remoção de cadáveres por mortes naturais. Eles alegam que a locomoção é responsabilidade da Secretaria de Saúde. Mas se o Executivo não chegar hoje a um consenso, o movimento pode voltar a ser radicalizado, a começar pela entrega dos cargos de chefia. A previsão é que 100 delegados saiam das posições ocupadas.
A expectativa é pelo fechamento do acordo. O diretor do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo-DF), Rafael Sampaio, argumenta que o GDF tem condições de arcar com o pedido. “Sabemos que o Fundo Constitucional comporta o nosso reajuste, portanto, o argumento do governo de que precisa buscar outros recursos não condiz com a realidade”, ressalta. Sampaio também repudia a entrada da Polícia Militar nas negociações. “Causará estresse para as duas categorias. Creio que ainda é prematuro para os militares discutirem aumentos, uma vez que receberão uma parcela de reajuste em setembro. A nossa paridade com a PF é garantida. Hoje, com benefícios como o auxilio moradia, alguns cargos da PM já recebem mais que a PC.”
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF), Rodrigo Franco, explica que, ao longo dos últimos sete anos (2009/2016), a corporação não recebeu reajuste condizente com o das outras categorias. “A PC teve apenas 15,77% de reajuste, enquanto a PM conseguiu 66%. Estamos defasados com relação à inflação”, justifica. Ele garantiu que os policiais civis estão unidos no sentido de alcançar o pleito. “Percebemos que o GDF está criando dificuldades, mas não vamos desistir”, afirma.

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