Senado forma grupo com ex-ministros para negociar tarifas nos EUA

O Senado definiu os parlamentares que formarão uma delegação para os Estados Unidos, visando negociar com congressistas americanos a redução da tarifa de 50% aplicada aos produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump.

No grupo que estará em Washington entre os dias 29 e 31 deste mês, estão a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que foi ministra da Agricultura durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), e o senador Marcos Pontes (PL-SP), que ocupou a pasta da Ciência e Tecnologia no mesmo período.

Complementam a comitiva o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), Esperidião Amin (PP-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Fernando Farias (MDB-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG).

A Comissão Temporária Externa para tratar das relações econômicas bilaterais com os Estados Unidos foi aprovada nesta semana pela Comissão de Relações Exteriores do Senado. É possível que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente licenciado e residindo nos Estados Unidos, participe de algumas agendas do grupo.

Nesta quinta-feira, Jair Bolsonaro defendeu que Eduardo permaneça nos EUA mesmo após o prazo previsto para sua licença, que termina neste domingo (20). Caso contrário, seu mandato poderia ser cassado por faltas acumuladas nas sessões.

Licenciado desde março, Eduardo afirmou que não pretende renunciar ao cargo. Seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), sugeriu que ele cumpra o período permitido de faltas, sem renunciar imediatamente.

— Pelo que sei, ele (Eduardo) não voltará ao Brasil, pois poderia ser preso no aeroporto. Com respeito aos colegas, ele é mais útil nos EUA do que cumprindo o mandato — disse o ex-presidente ao deixar o gabinete do senador Flávio nesta quinta-feira. Flávio acrescentou que a decisão não precisa ser tomada agora.

— Após o término da licença, ele ainda pode faltar às sessões por um tempo, há prazo para decidir. Não é algo urgente, ele pode cumprir esse período — completou.