Senador diz ser difícil Trump adiar aumento das tarifas

Jaques Wagner, líder do governo no Senado, afirmou nesta segunda-feira que é improvável que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adie o aumento de 50% das tarifas sobre produtos brasileiros.

Trump anunciou que as novas tarifas entrarão em vigor no próximo dia 1º de agosto. Wagner está em Washington com outros senadores para encontros com empresários e legisladores americanos.

“Eu acredito que não será adiado. Estamos atuando com diplomacia parlamentar para que os governos cheguem a um acordo. Estamos aqui para ajudar”, disse Wagner.

Essa declaração foi feita durante coletiva na residência da embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti. Também participaram da reunião o ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, e outros senadores.

A missão brasileira é liderada por Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e conta com a participação de ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (Tereza Cristina e Marcos Pontes) além de diversos senadores da oposição e da base do governo Lula. A missão acontece entre 28 e 30 de julho.

Não está prevista reunião com representantes do governo Trump. Para Trad, essa negociação é responsabilidade do governo federal do presidente Lula. A missão parlamentar busca promover entendimento entre os legislativos do Brasil e dos EUA, abrindo espaço para negociações oficiais.

Em carta ao presidente Lula, Trump comunicou a aplicação das tarifas, relacionando-as a uma ação judicial contra Bolsonaro e seus apoiadores no Supremo Tribunal Federal.

Durante sua visita, os senadores se encontrarão com empresários americanos e legisladores dos partidos Republicano e Democrata.

A comitiva busca destacar que o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial dos EUA em superávit, sendo o principal entre mercados emergentes, e que o país sempre recebeu investimentos americanos. Eles argumentam que tarifas mais altas prejudicariam empresas dos dois países.