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Senador em São Paulo se envolve em conflito com vizinhos e enfrenta acusações

O senador Alexandre Giordano (MDB-SP), proprietário de lotes no condomínio de chácaras de alto padrão Residencial Fazenda São Silvano, em Morungaba, São Paulo, entrou em conflito com moradores locais, situação que evoluiu para um caso policial envolvendo relatos de ameaças, acusações de falsidade ideológica e suspeitas de favorecimento do filho do senador em contratos de abastecimento de água.
O condomínio, instalado em uma parte da Fazenda São Silvano desde 2006, oferece lotes entre 1 mil e 3 mil m² e conta com infraestrutura comum como restaurante, vila hípica e chalés. Proprietários incluem executivos, políticos e figuras públicas como o ex-jogador de futebol Amoroso.
O fornecimento de água, responsabilidade que não cabe ao Estado devido à localização rural do condomínio, tem sido alvo de disputa. Os moradores alegam que o senador Giordano oferece água e energia de forma desigual desde a segunda metade de 2023, causando reclamações e processos judiciais. Inicialmente, a água vinha de uma Estação de Tratamento, mas essa fonte secou após o mandato do senador como presidente da associação local.
Em entrevista, Giordano afirmou frequentemente cortar o fornecimento para os vizinhos, indicando que eles poderiam comprar água externamente. Documentos judiciais revelam contestação por parte de ex-contador da associação à gestão dos gastos sem aprovação em assembleia.
Além do conflito pelo recurso hídrico, as disputas administrativas e financeiras geraram uma investigação policial em curso, motivada por denúncia de falsidade ideológica envolvendo atas da associação de moradores. A diferença de versões entre Giordano e os moradores tem agravado a situação.
Em um episódio anterior, o senador tentou adquirir uma área comum do condomínio, negócio recusado inicialmente por falta de quórum, mas que posteriormente foi realizado após ele ampliar seu poder de voto com a compra de terrenos vizinhos, o que causou controvérsia quanto ao valor pago.
A fiscalização das contas da associação apresentou irregularidades, com gastos elevados em postos de gasolina e contratos questionados com a empresa do filho do senador para serviços como aluguel de caminhão-pipa, alvo de desconfiança dos moradores por falta de transparência nas transações.
Em debates internos, a atual diretora da associação, executiva de uma grande montadora, questionou a necessidade de frequentes lavagens e do caminhão-pipa no condomínio, obtendo resposta que demonstrou divergência sobre a manutenção das áreas verdes e limpeza, refletindo o clima de tensão entre as partes.

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