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Separatistas do Iêmen não deixam território após ataques sauditas
Os grupos separatistas no Iêmen recusaram, nesta terça-feira (30), as exigências da coalizão liderada pela Arábia Saudita para que evacuassem áreas sob seu controle, poucas horas depois de ataques a um suposto estoque de armas em um porto gerenciado por eles.
O Iêmen, que é o país mais pobre da Península Arábica, está enfrentando uma guerra intensa desde 2014 entre o governo, que é uma aliança de vários grupos incluindo facções separatistas, e os rebeldes huthis, que recebem apoio do Irã.
Antes dessa declaração dos separatistas, os Emirados Árabes Unidos haviam anunciado a retirada completa das suas tropas do país, após a Arábia Saudita estabelecer um prazo de 24 horas para que deixassem o território.
Anwar Al-Tamimi, porta-voz do Conselho de Transição do Sul (STC), declarou à AFP: “Não é uma questão de sair. É irracional demandar que alguém abandone sua própria terra. A situação requer que permaneçamos firmes e reforcemos nossa posição”.
Ele completou que as forças do STC estão em defesa e que qualquer agressão contra elas será respondida.
O porta-voz também ressaltou que a Arábia Saudita mobilizou aproximadamente 20.000 integrantes das forças de segurança ao longo da fronteira próxima às áreas controladas pelo STC.
Na terça-feira, o Iêmen declarou estado de emergência diante do avanço dos grupos separatistas no sul do país, complicando ainda mais o conflito prolongado que envolve várias potências regionais, entre elas Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos.


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