Centro-Oeste
Servidor do TCU ameaça e cria dossiê falso contra policial e filha
A 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) confirmou a condenação de um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) por perseguir, insultar e divulgar informações falsas sobre uma família que mora em um condomínio no Sudoeste (DF). As vítimas são um agente da Polícia Civil do DF (PCDF) e a filha dele.
Segundo denúncia do Ministério Público do DF (MPDFT), o acusado perseguiu as vítimas entre agosto de 2021 e julho de 2022, cometendo diversos atos de ameaça psicológica, além de montar um dossiê falso e enviar ofensas por telefone e mensagens de texto.
O réu foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto e a pagar 40 dias-multa. Ele apelou negando as acusações, mas o desembargador Asiel Henrique de Sousa, da 1ª Turma Criminal, rejeitou o recurso. A decisão foi unânime entre os magistrados.
Entre os incidentes, em agosto de 2021, o acusado chamou a Polícia Militar (PMDF) alegando que o vizinho ameaçou danificar seu carro. A viatura constatou que a denúncia era falsa.
Nesse mesmo mês, o réu usou seu acesso como servidor do TCU para obter dados pessoais do policial e em seguida enviou mensagens à vítima exibindo essas informações. Ele usou os dados para fabricar um dossiê falso, acusando o policial de fraude em uma obra do condomínio.
Em fevereiro de 2022, ele cortou a energia elétrica do apartamento do policial e da filha, tendo sido flagrado por câmeras do condomínio no momento da ação. No mesmo dia, ao telefone com a filha do policial, proferiu ofensas graves.
Além disso, enviou mensagens agressivas pelo WhatsApp ao policial, fazendo ameaças e ofensas pessoais.
Devido a toda essa perseguição, o agente e a filha precisaram buscar apoio psicológico. Durante depoimento, o policial relatou que o assédio começou em 2018 e que houve outros ataques, como o arremesso de ovos contra o carro da família.
A síndica do condomínio, que testemunhou o caso, confirmou ter sofrido ameaças semelhantes.
A reportagem do Metrópoles tentou contato com o TCU para comentar o ocorrido, mas ainda aguarda retorno.

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