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Servidores de 32 categorias farão atos fragmentados por reajuste
Apesar da deliberação conjunta, algumas categorias agem de forma independente
Os integrantes dos sindicatos decidirão quais serão os próximos passos de cada categoria. Há cerca de duas semanas, a previsão era de deflagração de uma greve geral a partir desta quinta-feira. Agora, porém, a estratégia é outra: as ações serão fragmentadas, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta (Sindireta), Ibrahim Youssef. “Para não provocarmos um desgaste tão grande à sociedade, a expectativa é que atos separados sejam realizados. Não iniciaremos uma greve geral”, adiantou. O Sindicato dos Professores do DF (Sinpro/DF) decidirá, às 9h30, em frente ao Palácio do Buriti, se participará do ato unificado.
Apesar da deliberação conjunta, algumas categorias agem de forma independente. É o caso do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc). Cerca de 200 manifestantes foram, ontem, à Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos para reivindicar, além do pagamento última parcela do reajuste salarial aprovado em 2013, acréscimos no auxílio-alimentação, concessão do plano de saúde, pagamento das pecúnias dos aposentados e o retorno do pagamento no último dia útil do mês. Além disso, os servidores pedem melhorias nos Centros Especializados de Assistência Social (Creas).
O Palácio do Buriti alegou que, conforme anunciado, os funcionários públicos que aderirem a greves ou paralisações terão os pontos cortados. O Executivo local acrescentou que, em 7 de outubro, mostrou aos sindicatos, com números, que não poderia quitar os débitos. O GDF, entretanto, comprometeu-se a realizar encontros mensais com os representantes das categorias para manter o diálogo. A próxima reunião ocorrerá em 17 de novembro. O governo anunciou, ainda, que tenta resolver as demandas cujas solicitações não apresentam impacto financeiro.
Quitação de débitos
O governo de Brasília conseguiu negociar dívidas com outros segmentos. Os motoristas de transporte escolar, em greve há 10 dias, devem voltar ao trabalho hoje. O Palácio do Buriti garantiu a quitação do débito de pouco mais de R$ 40 milhões com os profissionais e as empresas. “Paramos porque não tínhamos condições de continuar. Não havia dinheiro para a manutenção ou reparação dos veículos e para pagar os trabalhadores”, disse o presidente da Associação das Empresas de Transporte Escolar de Brasília, Evis Peres. As 11 empresas atendem cerca de 60 mil estudantes por dia. Após o acordo, estudantes que ocuparam a Regional de Ensino de Ceilândia ontem decidiram deixar o local.
O Executivo local propiciou, ainda, verbas para as creches que prestam serviços à comunidade. O pagamento das 86 instituições é realizado de forma quadrimestral. “Destinamos os subsídios, na semana passada, às entidades adimplentes. As creches que não haviam apresentado as notas fiscais, mas o fizeram na segunda-feira, receberão até o fim da próxima semana. Restam, assim, dois estabelecimentos que estão inadimplentes; por isso, não podem obter os subsídios”, declarou o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da Secretaria de Educação, Fábio Pereira.
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