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Sessão acalorada na Câmara aprova urgência para anistia

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A sessão da Câmara dos Deputados que autorizou a tramitação urgente do projeto de lei que prevê anistia para envolvidos em atos antidemocráticos gerou intensos debates entre governo e oposição, levando o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a repreender deputados.

O dia foi marcado por articulações políticas, incluindo um encontro entre o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Hugo Motta pouco antes da votação.

A urgência do projeto, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), foi aprovada com 311 votos a favor e 163 contra.

Hugo Motta atendeu à demanda da bancada bolsonarista que pressionava por aceleramento da pauta após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe e outros crimes. Porém, ainda não há definição sobre qual versão do projeto será votada.

Apesar de algumas resistências, inclusive de parlamentares governistas contrários à anistia, o ambiente na Casa manteve momentos de cordialidade entre líderes como Pedro Campos (PSB) e Isnaldo Bulhões (MDB) com o presidente da Câmara.

No entanto, Hugo Motta manifestou insatisfação tanto com protestos de parlamentares governistas quanto da oposição, reclamando da interrupção da fala do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e também de deputados oposicionistas próximos à tribuna.

Um episódio de animosidade envolveu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, estando nos Estados Unidos, afirmou que tentou votar a favor da urgência da anistia, mas não conseguiu registrar seu voto.

Durante a sessão, gritos contrários e favoráveis à anistia se alternaram, refletindo a divisão entre as bancadas.

O Palácio do Planalto avaliou que deputados governistas de partidos do Centrão ficariam desconfortáveis em votar contra o acordo realizado pelo presidente da Câmara, aconselhando ausências para reduzir o número de votos favoráveis. Contudo, essa estratégia não foi eficaz.

Aliados de Hugo Motta estimavam que a urgência teria ampla aprovação, porém a discussão do mérito ficaria para a semana seguinte.

As primeiras iniciativas para viabilizar a anistia são atribuídas a Arthur Lira, que em agosto reuniu deputados do PL, União Brasil, PSD e PP em seu gabinete, sinalizando a possibilidade de avanço no tema. Naquele momento, a oposição realizava um motim que suspendia os trabalhos da Câmara após medidas judiciais contra Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica.

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