Setembro tem aumento no consumo de energia por causa de calor e tempo seco

As ondas de calor nesta época do ano já se tornaram comuns em grande parte do país, principalmente em áreas do Brasil Central e no Centro-Oeste. Nos últimos anos elas têm ficado cada vez mais intensas e com baixos níveis de umidade, fatores que geram uma série de consequências, entre elas o aumento do consumo de energia.

Somente nos 12 primeiros dias do mês, o consumo de energia do país atingiu a carga de 79.443 MWmed, segundo os dados do ONS Operador Nacional do Sistema (ONS). Um volume 9,3% acima do registrado no mesmo período de 2023, quando o consumo foi de 72.701 MWmed.

Tem ainda uma redução natural dos níveis dos reservatórios, comportamento previsto nesta época do ano em que as chuvas são mais escassas, de acordo com o ONS, que atualizou, na última sexta-feira (13), algumas previsões.

Para o crescimento da carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), em setembro, agora há um aumento de 3,2% (79.679 MW médios), número superior ao que foi originalmente projetado no início deste mês: 0,3% (77.432 MW médios).

Os reservatórios das hidrelétricas também devem encerrar setembro com níveis abaixo do que foi inicialmente previsto. Os subsistemas Norte (74,3%) e Nordeste (50,3%) se mantêm acima de 50% de capacidade de armazenamento de energia.

Para o Sudeste/Centro-Oeste, o nível de energia armazenada (EAR) estimado no último dia do mês é de 46,9% e no Sul é de 48,4%.

Inicialmente, as previsões apontavam para o armazenamento chegando em 74,9% no Norte, 51,4% no Nordeste, 49,3% no Sul e 48% no Sudeste/Centro-Oeste.

Os dias de calor extremo com índices muito baixos de umidade do ar, similares aos de regiões desérticas em algumas cidades, agravam ainda mais a situação de queimadas sobre o Brasil Central e aumentam a pressão pela bandeira tarifária maior e por mais tempo na conta de energia elétrica.

Economistas já não esperam mais a volta da bandeira tarifária verde para este ano.