O setor de serviços vai na contramão dos resultados da indústria e do varejo, que cresceram em 2018, em um ano que foi marcado por uma recuperação morna da economia e pela greve dos caminhoneiros, em meio à recuperação lenta do mercado de trabalho.
No ano passado, o destaque foi a perda de 1,9 por cento em serviços profissionais, administrativos e complementares, pressionados segundo o IBGE pela retração na receita vinda dos segmentos de atividades de cobranças e informações cadastrais, de soluções de pagamentos eletrônicos, de serviços de engenharia e de vigilância e segurança privada.
Segundo o gerente da pesquisa no IBGE, Rodrigo Lobo, esse resultado “tem a ver com o momento desfavorável da economia como um todo, já que em uma contenção de gastos as empresas costumam dispensar esse tipo de serviço”.
A outra atividade a apresentar perdas em 2018 foi a de serviços de informação e comunicação, de 0,5 por cento, diante da menor receita recebida pelas empresas do ramo de telecomunicações.
Em dezembro, por sua vez, apenas o ramo de serviços de informação e comunicação cresceu na comparação com o mês anterior, a uma taxa de 0,2 por cento.
A persistência do cenário de inflação e juros baixos tende a estimular o consumo e deve ajudar neste ano o setor de serviços, cuja confiança apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou alta em janeiro, e a economia como um todo.
Fonte Exame
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