Shein evita suspensão na França, mas permanece sob fiscalização

A plataforma de comércio eletrônico Shein conseguiu evitar, por enquanto, uma suspensão na França depois de remover todos os produtos ilegais de seu site, mas ainda permanece sob rigorosa fiscalização, declarou o governo francês nesta sexta-feira (7).

As autoridades francesas haviam dado à empresa um prazo de 48 horas para eliminar produtos proibidos do portal, após encontrarem bonecas sexuais com aparência infantil e armas classificadas na categoria A.

O governo confirmou, em comunicado, que a Shein retirou todos os itens ilegais vendidos na sua plataforma.

Para atingir esse objetivo, a companhia asiática optou por suspender seu “marketplace”, a área onde terceiros podem vender produtos online.

Fundada na China e com sede em Singapura, a empresa inaugurou na quarta-feira, em Paris, sua primeira loja física permanente no mundo.

No entanto, ela continua sob fortes pressões na França. Está marcada para a próxima semana uma nova reunião, solicitada pelo primeiro-ministro Sébastien Lecornu, para reavaliar a situação.

A Shein ainda não está fora de risco, permanecendo sob intensa vigilância das autoridades enquanto processos judiciais seguem em andamento contra a empresa.

Na sexta-feira, o Ministério do Interior francês recorreu ao tribunal judicial de Paris para buscar encerrar os sérios danos à ordem pública causados pelas reiteradas falhas da Shein, conforme informou o governo.

A Procuradoria de Paris anunciou na segunda-feira a abertura de investigações não só contra a Shein, mas também contra as plataformas AliExpress, Temu e Wish.

As investigações focalizam a divulgação de conteúdos violentos, pornográficos ou atentatórios à dignidade, acessíveis a menores.

No caso da Shein e da AliExpress, incluem a disseminação de imagens ou representações de menores com conotação pornográfica.

A França também busca medidas no âmbito europeu e, na quinta-feira, solicitou à Comissão Europeia que aplique sanções à Shein.