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Silveira aposta em solução para atrito entre Alcolumbre e Lula
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira que não tem dúvidas de que o desentendimento entre o governo e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), será resolvido.
O colaborador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou a resistência à indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) como um conflito temporário.
Ao ser questionado sobre se Lula deve agir diretamente para resolver o impasse, Silveira ressaltou que o momento dessa decisão é exclusivo do presidente.
Davi Alcolumbre defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o STF e ficou descontente com a escolha de Messias feita por Lula. Entretanto, os aliados avaliam que apenas a articulação política rotineira do governo não será suficiente para garantir um cenário favorável à indicação de Messias. Será necessária a liderança do presidente Lula nas negociações, para convencer os senadores e dialogar diretamente com Alcolumbre.
O presidente do Senado antecipou a data da sabatina antes mesmo do envio oficial da mensagem de indicação pelo Palácio do Planalto ao Congresso. Messias foi sugerido para a vaga no STF no dia 20, e o envio dessa mensagem é a primeira etapa formal da indicação.
Silveira destacou a importância do diálogo, dizendo acreditar na busca por soluções efetivas para os problemas do país e que eventuais tensões são passageiras, confiando em uma resolução que beneficie o Brasil. Ele ressaltou a responsabilidade e a experiência do presidente Lula no relacionamento democrático com o Parlamento.
Para tentar aliviar a tensão, a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, expressou respeito e reconhecimento ao presidente do Senado.
A estratégia do governo inclui fazer gestos aos líderes das duas Casas legislativas para reduzir a crise.
Devido à demora no envio da mensagem, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que a sabatina de Messias pode ser adiada até que a indicação formal chegue ao Congresso.
Segundo o colunista Lauro Jardim, uma possível negociação proposta por Alcolumbre para facilitar a aprovação de Messias seria a presidência do Banco do Brasil, cargo pelo qual o senador nega interesse.
Alcolumbre criticou a tentativa de atribuir a resolução das divergências entre os Poderes à troca de interesses políticos, o que considera um desrespeito ao Poder Legislativo e ao próprio Congresso Nacional. Ele ressaltou que, assim como cabe ao presidente da República indicar ministros para o STF, é competência exclusiva do Senado aprovar ou rejeitar esses indicados.


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