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Silvinei Vasques é enviado a Brasília para prisão preventiva após fuga frustrada
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi levado para Brasília neste sábado para cumprir prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última sexta-feira, Silvinei Vasques foi detido no Aeroporto de Assunção, no Paraguai, tentando embarcar com documentos falsificados para El Salvador, após fugir do Brasil.
Na mesma noite, a Polícia Nacional do Paraguai entregou-o às autoridades brasileiras na fronteira entre Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este.
Ele foi chefe da PRF durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e recentemente condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo STF por sua participação em um plano golpista.
Residente próximo a Florianópolis até meados de dezembro, o ex-diretor utilizou documentos paraguaios falsos e rompeu a tornozeleira eletrônica para fugir na noite de Natal, alugando um carro para uma viagem longa.
A fuga foi percebida somente na madrugada do dia 25, quando a tornozeleira parou de transmitir sinal. Autoridades tentaram contato na casa de Vasques sem sucesso.
No momento da prisão, ele apresentava documentos de identidade e passaporte paraguaios em nome de outra pessoa e uma carta assegurando que sofria de câncer no cérebro, justificando a viagem para tratamento em El Salvador.
De Ivaiporã (PR), Silvinei Vasques ingressou na PRF em 1995 e construiu uma carreira de 27 anos, chegando ao cargo máximo na instituição, do qual se aposentou voluntariamente no final de 2022.
Durante as eleições de 2022, investigações apontam que ele teria usado a estrutura da PRF para fins políticos, especialmente em rodovias do Nordeste, visando dificultar a votação dos apoiadores do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Depoimentos e mensagens indicam que a ação irregular foi planejada no Ministério da Justiça, com apoio do então ministro Anderson Torres e implementada por Silvinei Vasques.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, uma delegada da Polícia Federal encarregada de inteligência solicitou a criação de um sistema de análise de dados com foco nas regiões onde Lula teve maior votação.
O intuito era usar recursos da PRF para impedir que Jair Bolsonaro perdesse o poder, conforme apontam as provas reunidas.


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