Singapura sofre ataque cibernético grave; China nega envolvimento

Singapura está enfrentando neste sábado um ataque cibernético sério direcionado a suas infraestruturas críticas. Especialistas associam este ataque a um grupo de espionagem digital vinculado à China, que rejeita veementemente as acusações.

A embaixada chinesa em Singapura afirmou que rejeita qualquer acusação infundada contra a China, destacando que o país também é uma vítima frequente de ataques cibernéticos.

Este ataque, caracterizado por um alto nível de sofisticação conhecido como Ameaça Persistente Avançada (APT), pode colocar em risco a segurança nacional, declarou o ministro do Interior, K. Shanmugam, em seu pronunciamento na noite de sexta-feira (18).

“Posso afirmar que o incidente é grave e ainda está acontecendo. Ele foi atribuível ao grupo UNC3886”, disse o ministro.

Embora o governo não tenha revelado detalhes sobre os integrantes do grupo, a empresa de segurança digital Mandiant — que pertence ao Google — identificou o UNC3886 como um grupo de ciberespionagem ligado à China, envolvido em ataques ao redor do mundo.

A embaixada chinesa em Singapura declarou estar pronta para continuar cooperando com todas as partes, incluindo o governo de Singapura, a fim de proteger a segurança cibernética conjunta.

De acordo com K. Shanmugam, a Agência de Cibersegurança de Singapura e as autoridades responsáveis estão trabalhando para conter o ocorrido.

A Ameaça Persistente Avançada (APT) é um tipo de ataque digital muito complexo que, utilizando recursos significativos, geralmente visa o roubo de informações importantes e provoca a interrupção de serviços essenciais como saúde, telecomunicações, fornecimento de água, transporte e energia, explicou o ministro.