Centro-Oeste
Soldado do Exército defende-se após matar militar alegando legítima defesa
A defesa do soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos, que está preso por matar a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, 25, afirmou que ele agiu em legítima defesa. O advogado Alexandre Carvalho declarou que a defesa mantém a tese de legítima defesa e rejeita a alegação de que não havia relacionamento entre os dois. Por sua vez, a família da vítima nega qualquer relacionamento.
A defesa sustenta que havia um envolvimento extraconjugal entre Kelvin e Maria de Lourdes e que provas serão apresentadas para comprovar isso. Segundo o advogado, estão reunindo evidências para demonstrar que o crime ocorreu em legítima defesa, e que os atos subsequentes, como o incêndio e o furto da arma, foram comportamentos impulsivos de um jovem de 21 anos.
Alexandre Carvalho ressaltou que ambas as famílias sofreram com a tragédia, principalmente a da cabo.
Versões divergentes do crime
Durante o depoimento após a prisão, Kelvin Barros apresentou cinco versões diferentes sobre o assassinato. O delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Paulo Noritika, informou que o jovem se contradisse em seus relatos. Inicialmente, negou homicídio e vínculo com a vítima, mas na última versão assumiu o relacionamento. Disse que marcaram encontro para discutir o futuro da relação, que a conversa teve uma discussão, e que a cabo tentou sacar uma arma. Ele afirmou que a atacou enquanto ela tentava carregar a pistola e desferiu um golpe fatal no pescoço da militar com uma faca.
Posição da família da vítima
A família de Maria de Lourdes Freire Matos divulgou nota afirmando que o crime pode ter sido motivado pela posição hierárquica dela, que era superior ao soldado. Eles negam que havia relacionamento extraconjugal entre Kelvin e Maria.
O caso está sendo investigado como feminicídio pela Polícia Civil.


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