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Sóstenes nega chantagem e pede desculpas a Motta

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Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados, afirmou nesta quinta-feira, 7, que não houve qualquer tentativa de chantagem para desobstruir a Mesa da Casa em troca de anistia aos envolvidos nos acontecimentos de 8 de Janeiro. Segundo ele, não existe nenhum acordo para que essa proposta seja analisada.

Sóstenes também pediu desculpas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), referente ao protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que interrompeu os trabalhos legislativos por dois dias.

“O presidente Hugo Motta não foi vítima de chantagem por parte do nosso grupo, ele não firmou compromisso algum conosco em relação à pauta”, afirmou Sóstenes durante discurso, enquanto outros deputados expressavam pesar no plenário. “Nós, líderes partidários da maioria nesta Casa, vamos apresentar pautas como o fim do foro privilegiado e a anistia — mas isso é uma decisão dos líderes, não do presidente Hugo Motta. Não houve chantagem aqui; essa não é a postura da direita”, completou.

Sóstenes declarou ainda: “Se ontem, em meio à tensão, agi de forma incorreta com Vossa Excelência (Hugo Motta), peço desculpas publicamente. Posso não ter sido adequado em conversas privadas, mas considero importante expressar meu pedido de perdão diante de todos aqui”. Ele reconheceu também a paciência do presidente da Casa.

A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupou a Câmara e o Senado na terça-feira, 5, reivindicando a aprovação de um “pacote de paz” após a prisão de Bolsonaro. Entre as demandas estavam a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de anistia ampla aos envolvidos em 8 de Janeiro e a proposta de emenda constitucional para extinguir o foro privilegiado.

Durante o protesto, os parlamentares ocuparam as Mesas Diretoras, usaram esparadrapo na boca e até se acorrentaram a móveis, bloqueando os trabalhos. Só na noite de quarta-feira, 6, após dois dias de obstrução e sem nenhum acordo para votar os temas, Hugo Motta retomou o controle da Mesa Diretora.

Hugo Motta comentou: “O que aconteceu nos últimos dois dias, com obstrução física, não beneficiou esta Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar e expressar suas vontades”, ao reassumir o comando da Câmara.

No mesmo dia, Sóstenes criticou decisões do STF, mas ressaltou a importância da harmonia no Congresso. “É necessário buscar reconciliação e manter um ambiente de boa convivência para servir de exemplo ao Brasil”, declarou.

Ele concluiu seu discurso dirigindo-se a todos os parlamentares no plenário: “Precisamos unir este País. Faço este apelo a todos os colegas, agradecendo e pedindo perdão caso tenha sido indelicado em algum momento com algum de vocês”.

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