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SP: Ex-presidente do Metrô será titular de Transporte
Avelleda tem experiência justamente em projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), formatos já anunciados por Doria como prioritários em sua gestão
Ex-presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Sérgio Avelleda vai assumir o comando da secretaria municipal de Transportes no futuro governo João Doria (PSDB).
O advogado, que atuou nos governos tucanos de José Serra e Geraldo Alckmin, defende a mobilidade ativa (não motorizada) e o uso da bicicleta como meio de transporte. Até 2012, quando deixou o comando do Metrô, pedalava quase todos os dias de casa para o trabalho. Sua indicação faz parte da estratégia do tucano de demonstrar apoio à política de ampliação das ciclovias, desde que financiada em parceria com a iniciativa privada.
Especialista em Direito Público, Avelleda tem experiência justamente em projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), formatos já anunciados por Doria como prioritários em sua gestão. Além do pacote de ampliação, o tucano pretende conceder também a manutenção de parte das ciclovias a empresas interessadas em usar o espaço público para explorar suas marcas.
Simbólica, a nomeação de um ciclista à frente da pasta, que passará a se chamar Transportes e Mobilidade, tem ainda outro objetivo: o de reduzir o impacto negativo de algumas medidas, como a promessa de rever e remover pistas em calçadas.
Diretor da Ciclocidade e consultor em políticas de mobilidade, Daniel Guth considera a escolha de Avelleda positiva do ponto de vista da possibilidade de diálogo. “Talvez seja o primeiro secretário que usa de fato a bicicleta, que sente na pele as desigualdades de uma cidade voltada só aos carros.”
Em novembro de 2011, Avelleda chegou a ser afastado por dez dias da presidência do Metrô por decisão da Justiça. O motivo era sua suposta participação no esquema que fraudou a licitação da Linha 5-Lilás. A Promotoria sustentava que o edital da licitação, de 2008, apresentava regras muito restritivas.
Em 2014, Avelleda se tornou réu no processo, acusado de improbidade administrativa, mas foi absolvido pela Justiça, que não viu incompatibilidade ou ilegalidade nas cláusulas do documento. O Estadão não conseguiu contato com o futuro secretário.
Secretários
A indicação de Avelleda será oficializada por Doria nesta quinta-feiraamanhã, quando devem ser anunciados Soninha Francine (PPS) para Assistência Social e Cidadania e Daniel Annenberg (PSDB) para Inovação e Tecnologia.
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