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SP vai dividir escolas grandes para melhorar gestão

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As escolas da rede estadual de São Paulo que têm mais de 1.200 alunos serão divididas em duas unidades a partir de 2026. O projeto, anunciado pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi comunicado às equipes escolares recentemente.

De acordo com a Secretaria da Educação, a divisão visa facilitar a gestão dos diretores, reduzindo a quantidade de alunos sob acompanhamento de cada um. A medida foi divulgada inicialmente pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Metrópoles.

Esta ação ainda depende da publicação de um decreto oficial pelo governador e começará de modo experimental no próximo ano, abrangendo algumas escolas selecionadas. Abaixo, detalhamos como a mudança será implementada e seus impactos nas instituições.

Como será feita a divisão?

Cada escola incluída no programa será segmentada em duas unidades que continuarão funcionando no mesmo prédio. O governo garante que nenhum estudante terá de mudar de endereço.

Na prática, parte das turmas ficará sob a responsabilidade do diretor atual e outra parte passará a ser gerida por um novo diretor.

Michel Minerbo, subsecretário pedagógico da Educação no estado, explica que a divisão dos alunos em cada unidade seguirá critérios que variam conforme a estrutura de cada escola.

“Algumas escolas têm dois pavilhões no mesmo terreno, o que facilita a organização”, exemplifica. Contudo, a divisão provavelmente ocorrerá por turnos, com a gestão matutina sob um diretor e os turnos vespertino e noturno sob outro.

“Idealmente, vamos tentar especializar por ciclo, como ensino médio pela manhã e anos finais do ensino fundamental à tarde, mas essa proposta será analisada caso a caso em conjunto com a diretoria de ensino”, adiciona Minerbo.

É possível que uma das unidades tenha mais alunos do que a outra, dependendo do turno, mas ambas terão menos de 1.200 estudantes.

Gestão administrativa

Questionado sobre a gestão administrativa do prédio, Michel Minerbo negou a existência de um terceiro diretor e informou que essa gestão será compartilhada entre os dois diretores das novas unidades.

Uma alternativa é que um diretor seja responsável pelo patrimônio e outro pela alimentação e limpeza, entre outras funções.

Objetivo do projeto

Segundo a Secretaria da Educação, o projeto busca fortalecer a gestão pedagógica e melhorar os indicadores de ensino. A iniciativa se baseia em estudos que indicam que escolas menores tendem a apresentar melhor desempenho.

Michel Minerbo destaca que escolas maiores enfrentam desafios maiores relacionados aos resultados.

Com a divisão, as novas unidades receberão nomes diferentes, a serem definidos com a publicação do decreto pelo governador, cuja data ainda não foi anunciada.

Escolas afetadas

O foco do projeto são escolas com pelo menos o dobro da média de alunos da rede estadual, que é cerca de 600 estudantes.

Trata-se de um projeto piloto com adesão voluntária. Diretores foram convidados a manifestar interesse até 12 de novembro.

Até 11 de novembro, 110 diretores demonstraram interesse, mas nem todas as escolas serão divididas em 2026.

Críticas ao projeto

O Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) criticou o curto prazo para discussão e alegou que a medida é similar à reorganização escolar proposta em 2015 pelo então governador e atual vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que foi rejeitada por estudantes e levou à ocupação de várias escolas.

A Apeoesp acusou o governo de não ouvir as comunidades escolares e de impor a medida de forma abrupta. A secretaria, por sua vez, nega a intenção de fechar escolas.

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