Economia
Starbucks vai fechar lojas e cortar 900 empregos nos EUA e Canadá

A Starbucks anunciou na quinta-feira, 25, que vai fechar centenas de lojas nos Estados Unidos e no Canadá, além de demitir 900 funcionários fora do setor varejista, com o objetivo de focar seus esforços na recuperação da empresa.
A companhia de Seattle informou que o processo de fechamento das lojas terá início imediato.
Apesar de não divulgar o número total de lojas que serão fechadas, a empresa espera terminar seu ano fiscal em 28 de setembro com 18.300 lojas na América do Norte, 124 a menos que no final do ano fiscal de 2024. No dia 29 de junho, a Starbucks contabilizava 18.734 lojas.
Os funcionários das lojas afetadas receberão ofertas de transferência para outras unidades, quando possível, além de pacotes de indenização.
Brian Niccol, presidente e CEO da Starbucks, comunicou em carta enviada aos funcionários que uma análise interna identificou unidades sem perspectiva de estabilidade financeira ou que não proporcionam o ambiente esperado pelos clientes, motivo pelo qual serão fechadas.
“Anualmente, abrimos e fechamos cafeterias por diferentes razões, que vão do desempenho financeiro ao término de contratos de aluguel”, escreveu Niccol. “Esta medida é mais significativa e sabemos que afetará parceiros e clientes. Nossas cafeterias são centros comunitários e fechar qualquer loja é sempre difícil.”
Investimento na reestruturação
A Starbucks planeja investir cerca de 1 bilhão de dólares na reestruturação, incluindo 150 milhões em benefícios para desligamento de funcionários e 850 milhões relacionados aos fechamentos e custos de rescisão de contratos de aluguel.
Não está claro quantas das lojas que serão fechadas possuem representação sindicalizada. Desde 2021, trabalhadores de 650 lojas da Starbucks nos EUA votaram pela sindicalização, mas ainda não fecharam acordos com a empresa.
O grupo sindical Starbucks Workers United declarou que os fechamentos ocorreram sem participação dos baristas e pretende negociar para realocar funcionários sindicalizados em outras unidades de sua preferência.
Segundo o sindicato, “consertar o que está errado na Starbucks depende centralizar as pessoas que interagem diariamente com os clientes”.
Contexto recente
Esta notícia surge pouco depois de uma ação judicial movida por funcionários sindicalizados em três estados contra a Starbucks, devido a um novo código de vestimenta que alega a não compensação pelos gastos com roupas.
A Starbucks afirmou que usou critérios consistentes para determinar as lojas a serem fechadas, independentemente da presença sindical.
É incomum a empresa reduzir o número de lojas dentro de um mesmo ano fiscal, e Niccol garantiu que pretende expandir o número de lojas na América do Norte no próximo ano fiscal, além de reformar mais de 1.000 unidades para torná-las mais acolhedoras.
Demitindo em busca de eficiência
Este é o segundo grande corte de empregos neste ano na Starbucks. Em fevereiro, Niccol endossou a demissão de 1.100 funcionários corporativos globalmente e eliminou centenas de vagas não preenchidas, buscando maior eficiência operacional.
Brian Niccol foi contratado há um ano para revitalizar a Starbucks. Ele tem experiência bem-sucedida na recuperação da rede Chipotle, onde atuou como CEO por cerca de seis anos, praticamente dobrando receitas e lucros.
Em julho, a Starbucks marcou seu sexto trimestre consecutivo de queda nas vendas em lojas com operação similar, refletindo a baixa movimentação nos EUA. Niccol está focado em melhorias como contratação de pessoal, ambientes mais acolhedores e tecnologias que facilitam a rapidez nos pedidos, garantindo entrega em até quatro minutos.

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