Stellantis avisa risco de parada, mas confia em solução rápida

Herlander Zola, presidente da Stellantis para a América do Sul, afirmou nesta segunda-feira, 03, que as fábricas da montadora correm risco de parada. No entanto, ele acredita que a atual crise dos semicondutores, que ameaça a produção de veículos, será solucionada rapidamente.

“Estamos confiantes de que o problema será resolvido antes de impactar a produção. Hoje, a expectativa é mais positiva do que na última sexta-feira”, disse o executivo. Esse otimismo vem do diálogo iniciado entre o governo chinês e o setor automotivo brasileiro para garantir o fornecimento dos chips essenciais para a fabricação dos carros.

Graças à intervenção do governo brasileiro junto à embaixada da China, Pequim está avaliando a liberação especial para continuar enviando os componentes eletrônicos às empresas brasileiras que enfrentam dificuldades na importação.

Segundo Zola, a China decidiu abrir exceções ao embargo dos semicondutores, e as organizações estão se organizando para cumprir os protocolos e assegurar o abastecimento. Porém, como as peças ainda não foram entregues, o risco de paralisação permanece.

“Estamos próximos de uma parada em nossas fábricas caso a situação não seja resolvida”, afirmou o presidente da Stellantis, grupo que engloba marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën.

A interrupção no fornecimento pode ocasionar suspensões nas linhas de montagem dentro de uma a duas semanas. Contudo, caso as peças estejam disponíveis, o problema pode ser solucionado rapidamente, já que são componentes pequenos que podem ser transportados por avião. “Com a decisão tomada, em dois ou três dias as peças podem ser entregues, o que teoricamente resolve a questão”, finalizou Zola.