STJ nega liberdade a três executivos da construtora Camargo Corrêa

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedidos de liberdade apresentados por três executivos da construtora Camargo Corrêa presos desde novembro na Operação Lava Jato.

A ministra Laurita Vaz rejeitou dois habeas corpus em favor de João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da empresa; Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente; e Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente.

Os três queriam uma decisão liminar (provisória), que não foi aceita pela ministra, presidente em exercício do STJ e de plantão durante o recesso judiciário. A decisão, proferida no dia 14 de janeiro, foi divulgada nesta quarta-feira (21) pela assessoria do tribunal.

Os executivos se entregaram à Polícia Federal no dia 15 de novembro, após a deflagração da sétima fase da Lava Jato, com foco em executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras, que apenas com a Petrobras mantêm contratos que somam R$ 59 bilhões.

A Camargo Corrêa é uma das empreiteiras suspeitas de integrar um “clube” que combinava e dividia contratos da Petrobras, em troca de propina paga a diretores e partidos políticos, como PP, PT e PMDB.

Operação Lava Jato
Deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano, a Operação Lava Jato investigou esquema de desvio de recursos públicos na Petrobras. Em razão das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina, diversos órgãos públicos decidiram investigar a estatal – entre os quais o Ministério Público, a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Congresso Nacional.

Em 14 de novembro, quando foi deflagrada a sétima fase da Operação Lava Jato, 25 pessoas foram presas, incluindo executivos de empreiteiras que têm contrato assinado com a Petrobras e o ex-diretor da estatal Renato Duque. Em dezembro, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso na primeira instância, aceitou denúncia contra 39 investigados na sétima etapa da operação.

Fonte: G1