Economia
Sudene vai analisar inclusão de novos setores produtivos no FNE em 2026
O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) tem um orçamento previsto de R$ 52,6 bilhões para 2026, com perspectiva de ampliar sua abrangência e incluir novos setores produtivos.
Essa recomendação foi apresentada na terça-feira (25) pelo comitê técnico que auxilia o Conselho Deliberativo da Sudene, órgão responsável por estabelecer as diretrizes para utilização dos fundos regionais.
O assunto será discutido pelo conselho no dia 9 de dezembro e também contempla questões relacionadas à execução orçamentária do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), que terá R$ 1,1 bilhão destinados no próximo ano.
Francisco Alexandre, superintendente da Sudene, ressaltou a importância estratégica dos fundos regionais para impulsionar a economia nordestina.
“Esses fundos ampliam as opções de investimento para empresários e agricultores de diferentes portes, do micro até o grande. São recursos fundamentais para estimular inovação, novas tecnologias e atividades que consolidam uma economia regional mais forte e sustentável”, afirmou o gestor, que coordenou a reunião realizada na Secretaria de Planejamento da Bahia, após participar do III Fórum Bahia – China.
Segundo as projeções orçamentárias, aproximadamente R$ 32,5 bilhões, ou 62% do FNE, serão direcionados para empreendimentos classificados como mini, micro, pequeno e médio no próximo ano. Deste montante, R$ 25 bilhões serão destinados a negócios localizados no Semiárido, área prioritária para atuação da Sudene.
Uma das novidades propostas pelo comitê técnico é o reconhecimento dos empreendedores da economia criativa como beneficiários dos recursos do FNE. Essa iniciativa inclui atividades ligadas a cultura e artes, mídia e conteúdo, tecnologia criativa, turismo criativo e experiências culturais.
A proposta também apoia a inclusão da Amazônia Azul como eixo estratégico, beneficiando empreendedores de 446 municípios da área de abrangência da Sudene. A meta é fortalecer atividades de baixo impacto ambiental e promover cadeias científicas, tecnológicas e econômicas relacionadas ao mar, especialmente nas regiões costeiras e ribeirinhas da Amazônia Legal e do Nordeste.
Além da definição das linhas de financiamento, o Conselho avaliará o novo marco regulatório do FDNE, que visa modernizar as regras operacionais com foco em maior agilidade, simplificação e governança. Entre os avanços estão a redução dos prazos para análise e contratação, maior flexibilidade na documentação necessária e critérios mais claros para contrapartidas sociais e territoriais das empresas beneficiadas.
A reunião do Conselho Deliberativo da Sudene também deverá analisar o relatório detalhado do FNE para 2024 e as propostas de readequação dos recursos do FNE para o ano de 2025.

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