Suíça mantém diálogo para reduzir tarifas com EUA

A Suíça deseja continuar as negociações com os Estados Unidos acerca das tarifas alfandegárias de 39% aplicadas aos seus produtos, as quais ameaçam prejudicar sua competitividade e gerar a perda de milhares de empregos. No momento, o governo suíço opta por não adotar medidas retaliatórias tarifárias.

O Conselho Federal, órgão executivo da Suíça, declarou estar determinado a prosseguir com as conversas com Washington para diminuir essas tarifas o mais rapidamente possível.

A presidente da Confederação, Karin Keller Sutter, afirmou em coletiva de imprensa que representantes dos ministérios envolvidos permanecem na capital americana para continuar essas negociações, que são vitais para setores importantes da economia suíça, como o de relógios, máquinas industriais, queijos e chocolates.

O governo suíço não consegue prever a duração dessa situação, ressaltando que a decisão final cabe ao presidente dos Estados Unidos.

Ela enfatizou que a Suíça deseja manter uma relação regulada com os EUA, mas não a qualquer custo.

Por ora, o governo federal não planeja implementar contramedidas comerciais, considerando que elas seriam prejudiciais.

Enquanto isso, a Suíça planeja adotar medidas para apoiar sua economia e os trabalhadores afetados, incluindo permitir que as empresas mais impactadas estendam os períodos de trabalho reduzido.

Estima-se que cerca de 60% das exportações suíças para os Estados Unidos estejam sujeitas a essa sobretaxa de 39%.

A organização patronal Swissmem, que representa fabricantes suíços de maquinário, equipamentos elétricos e do setor metalúrgico, declarou que o cenário preocupante está se tornando real.

Tanto a Swissmem quanto a Economiesuisse, outra importante organização empresarial, pedem que o governo mantenha as negociações com os EUA, destacando que essas tarifas comprometem significativamente a competitividade internacional da Suíça.