Sul da China se recupera após tufão Ragasa

Cerca de centenas de milhares de habitantes do sul da China estavam envolvidos nesta quinta-feira (2) nas atividades de limpeza na província de Guangdong, após o impacto do tufão Ragasa, que também atingiu Hong Kong e causou pelo menos 14 mortes em Taiwan.

Ragasa chegou na quarta-feira à densamente povoada Guangdong com ventos que alcançaram 145 quilômetros por hora, derrubando árvores, destruindo cercas e arrancando placas de diversos edifícios.

Correspondentes da AFP que estavam próximos ao local do impacto, perto da cidade de Yangjiang, viram os destroços espalhados pelas ruas nesta quinta-feira.

Apesar de uma leve chuva persistir, os moradores estavam empenhados em remover os escombros das vias públicas.

As autoridades não reportaram vítimas fatais causadas pela tempestade.

Na ilha de Hailing, gerida por Yangjiang, equipes de resgate trabalhavam para remover uma grande árvore caída que bloqueava uma rodovia.

Lin Xiaobing, funcionária de 50 anos de um restaurante de frutos do mar bastante danificado na área turística, comentou: “Os ventos foram tão intensos que, como podem ver, destruíram tudo”.

Antes da chegada do tufão, as autoridades chinesas determinaram o fechamento de empresas e escolas em pelo menos dez cidades do sul.

Na passagem de Ragasa por Taiwan como supertufão, entre terça e quarta-feira, ocorreram pelo menos 14 mortes e dezenas de feridos devido ao rompimento de uma barragem no condado de Hualien (leste), conforme informações dos órgãos regionais.

Vinte e duas pessoas ainda estavam desaparecidas nesta quinta-feira, de acordo com o último balanço.

Em Hong Kong, o tufão derrubou centenas de árvores e provocou inundações em diversas áreas.

As autoridades da cidade semiautônoma chinesa informaram que até a noite de quarta-feira 101 pessoas haviam recebido atendimento em hospitais públicos e mais de 900 se refugiaram em cinquenta abrigos temporários.

Numerosos arranha-céus no centro financeiro foram abalados pelos fortes ventos e quase mil voos sofreram atrasos ou cancelamentos.

O serviço meteorológico de Hong Kong classificou a tempestade como a mais potente registrada no noroeste do Pacífico desde o início do ano.

Além disso, no início da semana, o supertufão resultou na morte de pelo menos oito pessoas no norte das Filipinas.