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Suprema Corte critica governo por comida insuficiente a prisioneiros

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A Suprema Corte de Israel declarou neste domingo, 7, que o governo israelense não está proporcionando alimentação adequada aos prisioneiros palestinos, ordenando que as autoridades aumentem a oferta de alimentos. Esta decisão representa uma rara crítica do tribunal mais alto do país à conduta governamental na guerra contra o grupo Hamas.

Desde o início do conflito, há quase dois anos, Israel deteve milhares de pessoas em Gaza suspeitas de ligação com o Hamas. Muitas foram liberadas sem acusações, algumas após longos períodos de detenção. Organizações de direitos humanos têm documentado casos frequentes de abuso em prisões israelenses, incluindo alimentação deficiente, cuidados de saúde inadequados, condições sanitárias ruins e violência física. Em março, um jovem palestino de 17 anos faleceu em uma prisão israelense, com a inanição apontada como provável causa da morte pelos médicos.

A decisão foi tomada em resposta a uma petição apresentada no ano passado pela Associação pelos Direitos Civis em Israel e pelo grupo israelense de direitos Gisha, que afirmaram que uma mudança na política alimentar após o início da guerra em Gaza deixou os prisioneiros sofrendo de má nutrição e fome.

Um grupo de três juízes da Suprema Corte decidiu por unanimidade que o Estado tem a obrigação legal de fornecer alimentação suficiente para garantir a subsistência básica dos prisioneiros. Eles citam evidências de que o fornecimento atual não cumpre este padrão.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, conhecido por suas posições extremistas na coalizão do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, criticou fortemente a decisão, afirmando que enquanto reféns israelenses em Gaza estão desamparados, a Suprema Corte estaria defendendo terroristas do Hamas.

Bombardeios em Gaza

No mesmo dia da decisão, as Forças de Defesa de Israel anunciaram o bombardeio de outro edifício residencial na Cidade de Gaza, após Netanyahu informar que a ofensiva militar está sendo ampliada na área urbana do território palestino. Israel ainda não declarou oficialmente o início da ofensiva para controlar a Cidade de Gaza, validada por Netanyahu no mês anterior, mas tem intensificado ataques nos últimos dias para pressionar o Hamas.

O prédio atingido foi a Torre Al Roya, utilizada pelo Hamas para monitorar a movimentação das tropas israelenses na região. Israel já havia destruído outros dois edifícios residenciais na sexta e no sábado, justificando como pontos de observação do grupo terrorista.

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