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Suspeito de ameaçar Felca lidera grupo que invadiu sistemas do governo

Na última segunda-feira (25/8), Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, 22 anos, foi preso acusado de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. Conforme investigação da Polícia Civil de São Paulo, ele é um dos principais integrantes de uma organização criminosa denominada “Country”.
Usando os apelidos F4llen e Lucifage, diretamente de um quarto em Olinda (PE), Cayo invadia e manipulava sistemas de alta segurança, incluindo malotes digitais do Poder Judiciário, do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), da Receita Federal, além das polícias civis do Ceará, Pernambuco e São Paulo.
Agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo deslocaram-se até Olinda para cumprir o mandado de prisão temporária de cinco dias expedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O tribunal ressaltou que o conhecimento técnico de Cayo demonstra um alto grau de periculosidade e desrespeito às instituições estatais, indo além da criminalidade comum.
Além de Cayo, um adolescente de 17 anos tem papel relevante na organização que já teria prejudicado pelo menos 400 pessoas. Algumas vítimas sofreram crimes sexuais virtuais, como estupro virtual de menores – ato de coagir menores de 14 anos a se exporem de forma pornográfica ou sexualmente explícita. A dupla também incentivava a automutilação, promovia maus-tratos a animais e fazia apologia ao nazismo.
A defesa de Cayo não foi localizada, mas o espaço permanece aberto para manifestações.
Desrespeito às instituições
Cayo e o adolescente são monitorados desde o segundo semestre do ano passado, período em que cometeram diversos crimes, incluindo extorsão. Eles ainda cobravam por serviços ilegais de invasão em sistemas oficiais, como o do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
A organização comandada por Cayo sentiu-se ameaçada pela publicação de Felca, que denunciou casos de pedofilia e da exploração precoce de crianças e adolescentes na internet, o que levou à prisão do influenciador Hytalo Santos por tráfico humano e exploração sexual infantil em 15 de agosto. Como retaliação, Cayo enviou ameaças de morte a Felca por e-mail.
Além disso, a psicóloga Ana Dornellas Chamati e seus familiares também foram ameaçados após participarem de uma entrevista com o influenciador Felca. As mensagens ameaçadoras foram enviadas por Cayo via WhatsApp e pelo adolescente através de e-mail.
As ameaças continham linguagem violenta e detalhavam planos de agressões físicas graves, mostrando a gravidade da situação.
Falsificação de mandado contra Felca
Em outro crime, Cayo usou o codinome F4llen para criar um malote digital falso da Justiça, solicitando um mandado de prisão preventiva contra Felca. O documento fraudado foi inserido no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além dessa ação, Cayo e seu grupo usaram o mesmo acesso para prejudicar um “cliente” que não pagou pelos serviços ilegais contratados. A divulgação dessas ações era feita por meio das redes sociais de Cayo Lucas.

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