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Suspeito do ataque a tiros contra soldados em Washington é ex-militar afegão

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O homem apontado como responsável por ter disparado contra dois soldados da Guarda Nacional na quarta-feira (26), próximo à Casa Branca, em Washington, é um cidadão do Afeganistão que colaborou com as forças dos Estados Unidos em seu país, conforme divulgado por veículos de imprensa locais.

Conheça a seguir informações sobre o indivíduo suspeito do ataque que o presidente Donald Trump descreveu como “ato terrorista”.

Quem é o suspeito

Segundo a mídia americana, o nome do suspeito é Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos.

Lakanwal chegou aos Estados Unidos em setembro de 2021, por meio de um programa destinado a afegãos que colaboraram com os EUA. Ainda de acordo com a NBC, ele serviu durante uma década no exército afegão apoiando as forças especiais americanas.

Um parente relatou à emissora que Lakanwal é natural da província de Khost, no sudeste do Afeganistão, e que parte do seu serviço militar ocorreu em uma base na província de Kandahar, conhecida como base dos talibãs.

Chegada aos Estados Unidos

Conforme a secretária de Segurança Interna americana, Kristi Noem, o suspeito foi admitido de forma massiva e sem checagem antecipada nos EUA, pela Operação ‘Allies Welcome’, iniciativa da administração do presidente Joe Biden para auxiliar afegãos que haviam colaborado com os EUA.

Lakanwal entrou no país em 8 de setembro de 2021, poucas semanas após os talibãs retomarem o controle do Afeganistão.

Na ocasião, mais de 40% dos afegãos incluídos nesse programa eram elegíveis para o Visto Especial de Imigrante (SIV), destinado àqueles que assumiram riscos significativos em apoio ao pessoal militar e civil americano no Afeganistão.

Outros grupos vulneráveis, como defensores de direitos humanos e jornalistas, também foram admitidos sob esse programa.

As autoridades não confirmaram se Lakanwal recebeu o SIV, necessário para obtenção do green card, que garante residência permanente.

Afegãos nos Estados Unidos

Durante os 20 anos de presença estrangeira no Afeganistão, centenas de milhares de afegãos trabalharam para forças estrangeiras, embaixadas e ONGs financiadas pelos EUA, temendo serem alvo de violência.

Desde agosto de 2021, com a volta dos talibãs ao poder, mais de 190 mil afegãos foram reassentados nos Estados Unidos, conforme dados do Departamento de Estado.

Dezenas de milhares, incluindo ex-tradutores militares e membros das forças de segurança afegãs, ainda aguardam reassentamento, segundo organizações que defendem direitos humanos.

Após o ataque em Washington, o presidente Donald Trump afirmou que haverá revisão dos casos de todos os afegãos que ingressaram nos EUA durante o governo de Joe Biden.

A agência federal de imigração USCIS anunciou a suspensão imediata e indeterminada do processamento dos pedidos de imigração de cidadãos afegãos, enquanto novos protocolos de segurança e investigação são avaliados.

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