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Tailândia evacua 100 mil civis por conflito com Camboja

O governo da Tailândia anunciou nesta sexta-feira (25, horário local) a retirada de mais de 100 mil pessoas das zonas fronteiriças com o Camboja devido a confrontos militares que envolvem estes dois países do Sudeste Asiático há mais de dez anos.
Na quinta-feira, uma longa disputa territorial desencadeou combates intensos entre os dois países, envolvendo aviões de guerra, artilharia, tanques e tropas de infantaria, gerando preocupação global.
O Ministério do Interior da Tailândia confirmou que 100.672 pessoas das quatro províncias na fronteira foram realocadas para aproximadamente 300 abrigos temporários. Já o Ministério da Saúde atualizou o número de mortes nos conflitos para 14, incluindo um militar e 13 civis.
Esses enfrentamentos marcam uma escalada significativa nessa antiga rivalidade entre os vizinhos, que compartilham uma fronteira de 800 km e atraem milhões de visitantes estrangeiros anualmente.
A linha divisória, que inclui templos históricos, permanece em disputa. Entre 2008 e 2011, tensões similares resultaram em 28 fatalidades e deslocamento de milhares de pessoas.
Uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU havia amenizado a crise por cerca de uma década, mas as tensões ressurgiram em maio após a morte de um soldado cambojano em novo confronto.
Conflitos recentes ocorreram em seis locais diferentes, incluindo dois templos antigos, conforme informado pelo Exército Tailandês.
A pedido do primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, o Conselho de Segurança da ONU realizará uma sessão de emergência nesta sexta-feira, a portas fechadas, para tratar do conflito.
Os Estados Unidos e a França solicitaram a cessação imediata dos combates, enquanto a União Europeia e a China expressaram séria preocupação e defenderam a busca por diálogo entre as partes.

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