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taiwan diz que china não conseguiu bloquear ilha com exercícios

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Um oficial militar de alto escalão de Taiwan declarou nesta terça-feira (30) que a China não conseguiu impedir o acesso à ilha democrática durante o segundo dia de suas manobras militares, que incluíram lançamentos de foguetes.

Taiwan, reconhecida por poucos países, possui governo, exército e moeda independentes, contando com os Estados Unidos como seu principal fornecedor de armas e segurança. Apesar disso, a China reivindica Taiwan como parte de seu território e não descarta o uso da força para controlar a ilha.

Hsieh Jih-sheng, vice-comandante do Estado-Maior de Inteligência do Ministério da Defesa de Taiwan, afirmou que a Guarda Costeira já comunicou que não houve bloqueio efetivo.

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, criticou as manobras chinesas no Facebook, dizendo que são uma tentativa de desestabilizar a região e uma provocação que ameaça a segurança regional e a ordem internacional, mas assegurou que Taiwan não vai aumentar as tensões.

Na ilha chinesa de Pingtan, próxima a Taiwan, moradores presenciaram foguetes explodindo no céu pela manhã, causando estrondos e deixando fumaça. Uma turista de 63 anos expressou esperança por uma unificação pacífica no futuro.

O Exército de Libertação Popular da China informou que suas tropas realizaram exercícios com fogo real com sucesso nas águas ao norte de Taiwan. Taiwan detectou movimentação de 130 aviões militares, 14 navios de guerra e oito embarcações oficiais chinesas, além do lançamento de 27 foguetes.

Essas ações seguem a venda recente de armas dos Estados Unidos para Taiwan e comentários do Japão sobre uma possível resposta militar em caso de agressão chinesa.

Especialistas apontam que a China usa os exercícios para enviar uma mensagem a Estados Unidos e Japão para que não interfiram em caso de conflito.

Wang Yi, chefe da diplomacia chinesa, declarou que seu país responderá fortemente à venda de armas e às provocações separatistas de Taiwan. Seu porta-voz destacou que os exercícios são uma medida necessária para proteger a soberania da China.

O presidente americano na época, Donald Trump, minimizou a possibilidade de invasão da ilha e disse não estar preocupado com as manobras chinesas.

Os exercícios testaram a coordenação de forças terrestres e navais para controle e bloqueio em pontos estratégicos, como portos, distribuídos em cinco áreas grandes ao redor de Taiwan.

Desde 2022, foram realizadas seis grandes séries de manobras chinesas em resposta, entre outros fatores, aos movimentos políticos americanos envolvendo Taiwan.

Os moradores de Taiwan reagiram com calma. Um jovem pescador mencionou que estão habituados a esse tipo de exercício, e um vendedor idoso de frutas afirmou que uma guerra é improvável, considerando as ações apenas como ameaças.

O tráfego aéreo da ilha foi afetado, com mais de 850 voos impactados, e as rotas marítimas sofreram interrupções.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul enfatizou a importância de manter a paz e a estabilidade na área.

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