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Tarcísio amplia crédito para empresários impactados pelas tarifas de Trump

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabelecer tarifas de 50% para produtos brasileiros, com 694 exceções, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um aumento no pacote de ajuda para empresários de São Paulo afetados por essas medidas.
As ações incluem a liberação de R$ 1,5 bilhão em créditos acumulados de ICMS e R$ 400 milhões em empréstimos subsidiados para exportadoras paulistas. Na semana anterior, o governo havia disponibilizado uma linha de crédito de R$ 200 milhões e R$ 1 bilhão em créditos de ICMS.
Os créditos de ICMS serão concedidos por meio do programa ProAtivo, direcionados principalmente a contribuintes exportadores com créditos acumulados aptos para transferência. Cada empresa pode solicitar até R$ 120 milhões, com liberação parcelada em até dez partes, dependendo do valor. A liberação começará em setembro.
Os empréstimos serão oferecidos pela agência Desenvolve SP, com taxas a partir de 0,27% ao mês mais correção pelo IPCA. As empresas terão até 60 meses para pagamento e carência de 12 meses. As solicitações podem ser feitas online na agência.
Tarcísio, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), não comentou as tarifas formalizadas nem a aplicação das sanções da Lei Magnitsky ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Nas últimas semanas, porém, criticou o governo Lula (PT), apontando falta de diálogo do Brasil com os EUA. Também afirmou ter tentado negociar diretamente com governadores e empresários americanos para reverter as taxas, que prejudicam fortemente produtores paulistas.
O decreto de Trump introduz uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, somando-se aos 10% anunciados anteriormente. Alguns itens, como aviões da Embraer, suco de laranja, celulose e petróleo, foram excluídos da taxação.
Produtos como carne bovina e café permanecem taxados e enfrentam maiores impactos.
Estima-se que US$ 18,4 bilhões em exportações brasileiras ficarão livres das tarifas, representando 43,4% do total exportado ao mercado americano. Contudo, o setor de carne bovina projeta perdas de US$ 1 bilhão em seis meses e solicita apoio governamental, seguido por setores de pescados, frutas e café.

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